XVII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

CENTRO DE Ciências Humanas e da Educação - FAED

 

ÍNDICE

 

 

1. Projetos de Pesquisa PIBIC e PROBIC

 

MUSEUS: COMUNICAÇÃO E MEMÓRIA

Ademilde Silveira Sartori, Eliane Cátia Soares Garcia..........................................................................................................

001

 

MEMÓRIA E EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE CIBERESPAÇO

Ademilde Silveira Sartori, Patrícia Justo Moreira..................................................................................................................

002

 

organização do trabalho DOCENTE nas séries iniciais do ensino fundamental: Movimentos entre os discursos e as práticas

Alba Regina Battisti de Souza, Lourival José Martins Filho, Cristina Monteggia Varela.....................................................

003

 

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: MOVIMENTOS ENTRE OS DISCURSOS E AS PRÁTICAS

Alba Regina Battisti de Souza, Lourival José Martins Filho,   Silviane de Luca Avila.........................................................                                                                 

004

 

ETNOGRAFIA DE UMA MATERNIDADE: DIFERENÇAS CULTURAIS E EXPERIÊNCIAS DE PARTO

Carmen SusanaTornquist, Carolina Shimomura Spinelli.......................................................................................................

005

 

ETNOGRAFIA DE UMA MATERNIDADE: DIFERENÇAS CULTURAIS E EXPERIÊNCIAS DE PARTO

Carmen SusanaTornquist, Cristian Rubini Dutra...................................................................................................................

006

 

FUNDAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DA FACULDADE CATARINENSE DE FILOSOFIA

Celso João Carminati, Rafael Luiz Maschio, Grace Karla Tito Garcia..................................................................................

007

 

HISTÓRIAS, MEMÓRIAS E SUBJETIVIDADES: A FORMAÇÃO DO/A PROFESSOR/A DE HISTÓRIA E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – SANTA CATARINA 1980/2000

Cristiani Bereta da Silva, Michele Bete Petry........................................................................................................................

008

 

ANÁLISE TEMPORAL DA OCUPAÇÃO DO ENTORNO DA LAGOA DO SIRIÚ – GAROPABA, SC, COM O USO DE PALMTOP, GPS E SIG

Francisco Henrique de Oliveira ,Adriano Couto Duarte, Mariane Alves Dal Santo..............................................................

009

 

MAPAS FÍSICO-AMBIENTAIS COMO SUPORTE À APLICAÇÃO DA LÓGICA DIFUSA

Francisco Henrique de Oliveira, Felipe Restitutti Armani, Mariane Alves Dal Santo, Egard Fernandes..............................

010

 

SIG INTERATIVO DA ILHA DE SANTA CATARINA UTILIZANDO FERRAMENTAS DE WEB MAPPING

Francisco Henrique de Oliveira, Julianna Luiz Steffens........................................................................................................

011

 

INTERDISCIPLINARIDADE: ARTICULAÇÃO E APROPRIAÇÃO DO CONCEITO NAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS NO BRASIL

Geovana M. Lunardi Mendes, Paula Cabral, Suzana Rodrigues Régis..................................................................................

012

 

A COMPREENSÃO DE CURRÍCULO INTEGRADO NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO BRASIL: A CRENÇA NOS ÊXITOS DAS PROPOSTAS DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR

Geovana M. Lunardi Mendes, Paula Cabral, Suzana Rodrigues Régis..................................................................................

013

 

PEDRA ANGULAR DA REPÚBLICA: AS LIÇÕES DOS PRIMEIROS GRUPOS ESCOLARES FLORIANOPOLITANOS

Gladys Mary Teive Auras, Denise de Paulo Matias Prochnow..............................................................................................

014

 

AS CONEXÕES ENTRE OS EUA E O BRASIL: AS REDES SOCIAIS TECIDAS A PARTIR DE GOVERNADOR VALADARES (MG) E CRICIÚMA (SC)

Gláucia de Oliveira Assis, Elton Francisco............................................................................................................................

015

 

AS CONEXÕES ENTRE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS: UMA ANÁLISE DAS REDES SOCIAIS EM GOVERNADOR VALADARES (MG) E CRICIÚMA (SC)

Gláucia de Oliveira Assis; Gisele Meriz................................................................................................................................

 

 

016

 

A Infra-estrutura de Transportes Ferroviária e Hidroviária de Santa Catarina

Isa de Oliveira Rocha, Elisa Volker dos Santos, Renata Rogowski Pozzo............................................................................

017

 

Origem e Formação da Infra-estrutura de Transportes de Santa Catarina

Isa de Oliveira Rocha, Renata Rogowski Pozzo, Elisa Volker dos Santos............................................................................

018

 

VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NO LITORAL SUL DO BRASIL. PARTE 1: CICLONES EXTRATROPICAIS

Lúcia Ayala, Ana Carolina Vicenzi Franco............................................................................................................................

019

 

PERFIL GEOLÓGICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Lúcia Ayala, Heloisa de Campos Lalane, Maria Paula Marimon..........................................................................................

020

 

PERFIL GEOLÓGICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Lúcia Ayala, Heron Rosa, Mari Ângela Machado, Maria Paula Marimon, Nicole Cristina S. Schmitt................................

021

 

QUEM ESTÁ ATRÁS DO MURO? CRIMINALIZAÇÃO, REEDUCAÇÃO E VIVÊNCIAS NO SISTEMA PENITENCIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS DO SÉCULO XX

Luiz Felipe Falcão, Cíntia Ertel Silva....................................................................................................................................

022

 

VISIBILIDADE DOS GRUPOS DE PESQUISA DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO (CCE) DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC)

Maria de Jesus Nascimento, Augiza Karla Boso....................................................................................................................

023

 

TENHA MODOS! EDUCAÇÃO E SOCIABILIDADES EM MANUAIS DE CIVILIDADE E ETIQUETA (1900 – 1960)

Maria Teresa Santos Cunha, Cristiane Cecchin.....................................................................................................................

024

 

SABERES IMPRESSOS: IMAGENS DE CIVILIDADE EM TEXTOS ESCOLARES E NÃO-ESCOLARES: COMPOSIÇÃO E CIRCULAÇÃO (DÉCADAS DE 50 E 70 DO SÉCULO XX)

Maria Teresa Santos Cunha, Daniela Queiroz Campos..........................................................................................................

025

 

UM TOM PARA O BOM TOM. HIGIENE E CIVILIDADES NA SÉRIE DE LEITURA GRADUADA PEDRINHO/ LOURENÇO FILHO

Maria Teresa Santos Cunha, Marlene Neves Fernandes........................................................................................................

026

 

CONTRIBUIÇÕES DE ERGONOMIA COGNITIVA EM EDUCAÇÃO: ATIVIDADES INSTRUMENTADAS DE PROFESSORES INSERIDOS EM UM DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA

Martha Kaschny Borges, Maria Conceição Coppete, Márcia Regiane Fagundes Nunes, Sérgio Zanata..............................

027

 

CONTRIBUIÇÕES DE ERGONOMIA COGNITIVA EM EDUCAÇÃO: ATIVIDADES INSTRUMENTADAS DE PROFESSORES INSERIDOS EM UM DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA

Martha Kaschny Borges, Maria Conceição Coppete, Sérgio Zanata, Márcia Regiane Fagundes Nunes..............................

028

 

O ASSENTAMENTO RIO DOS PATOS – LEBON RÉGIS (SC): DA LUTA PELA TERRA À LUTA COMO PEQUENO PRODUTOR RURAL

Maurício Aurélio dos Santos, Kleicer Cardoso Rocha...........................................................................................................

029

 

O ASSENTAMENTO RIO DOS PATOS – LEBON RÉGIS (SC): DA LUTA PELA TERRA A LUTA COMO PEQUENO PRODUTOR RURAL

Mauricio Aurélio dos Santos , Michelle Terezinha Souza.....................................................................................................

030

 

O ASSENTAMENTO SEGREDO II- LEBON RÉGIS (SC): DA LUTA PELA TERRA À LUTA COMO PEQUENO PRODUTOR

Mauricio Aurélio dos Santos, Paloma Guimarães da Costa...................................................................................................

031

 

GINÁSIO CÔNSUL CARLOS RENAUX: NOTAS SOBRE CULTURA ESCOLAR SECUNDÁRIA LUTERANA EM BRUSQUE/SC

Norberto Dallabrida, Camila Porto Fasolo.............................................................................................................................

032

 

INSTITUTO DIAS VELHO: NOTAS SOBRE A CULTURA ESCOLAR DE UM ESTABELECIMENTO DE ENSINO SECUNDÁRIO MISTO, PÚBLICO E LAICO (1947-1961)

Norberto Dallabrida, Luana Bergmann Soares.......................................................................................................................

 

 

033

 

LUIZES E BENEDITOS – MUDANÇAS NO OLHAR SOBRE AS POPULAÇÕES DE ORIGEM AFRICANA, O CASO DA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (Desterro – 1840 -1860)

Paulino de Jesus Francisco Cardoso, Jéssica Camargo Geraldo............................................................................................

034

 

ENTRE O CONSISTÓRIO E A SACRISTIA: REVERBERAÇÕES DA ROMANIZAÇÃO DO CATOLICISMO NA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO DOS HOMENS PRETOS DESTERRO/FLORIANÓPOLIS (1880-1910)

Paulino de Jesus Francisco Cardoso , Michelle Maria Stakonski..........................................................................................

035

 

SEGREGAÇÃO URBANA E ESPAÇO PÚBLICO: RELAÇÕES ENTRE MODERNIZAÇÃO E CULTURA POLÍTICA EM FLORIANÓPOLIS (1960-2005)

Reinaldo Lindolfo Lohn, Mateus Perez Jorge........................................................................................................................

036

 

SEGREGAÇÃO URBANA E ESPAÇO PÚBLICO: RELAÇÕES ENTRE MODERNIZAÇÃO E CULTURA POLÍTICA EM FLORIANÓPOLIS (1960-2005)

Reinaldo Lindolfo Lohn, Thiago Leandro de Souza..............................................................................................................

037

 

PEQUENOS TRABALHADORES DO BRASIL: POLÍTICAS SOCIAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO NA ERA VARGAS

Silvia Maria Fávero Arend, Maro Schweder..........................................................................................................................

038

 

PEQUENOS TRABALHADORES DO BRASIL: POLÍTICAS SOCIAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO NA ERA VARGAS

Silvia Maria Fávero Arend, Renato Grilo Neves....................................................................................................................

039

 

justiça, êxito e fracasso na escola: o impacto sobre os processos de socialização e de construção das identidades profissionais dos professores catarinenses (1950-2005)

Vera Lucia Gaspar da Silva, Danielly Samara Besen.............................................................................................................

040

 

justiÇa,Êxito e fracasso na escola: o impacto sobre os processos de socialização e de construção das identidades profissionais dos professores catarinenses (1950-2005)

Vera Lucia Gaspar da Silva, Marina Resende Pereira Masutti..............................................................................................

041

 

MAPEAMENTO TEMÁTICO INTERATIVO UTILIZANDO WEBMAPPING

Francisco Henrique de Oliveira, Daniel Regis Filho..............................................................................................................

042

 

PRESENÇA DA LITERATURA HISPANÓFONA EM REVISTAS BRASILEIRAS DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Maria de Jesus Nascimento, Augiza Karla Boso....................................................................................................................

043

 

AS LIÇÕES DOS GRUPOS ESCOLARES: UM ESTUDO SOBRE A INCORPORAÇÃO DO MÉTODO INTUITIVO OU LIÇÕES DE COISAS NA CULTURA ESCOLAR DOS PRIMEIROS GRUPOS ESCOLARES CATARINENSES (1911-1935)

Gladys Mary Teive Auras, Gabriela Costa.............................................................................................................................

044

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1. Projetos de Pesquisa PIBIC e PROBIC

 

 

 

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MUSEUS: COMUNICAÇÃO E MEMÓRIA1

 

Ademilde Silveira Sartori2, Eliane Cátia Soares Garcia3

 

Palavras-chave: Comunicação – Memória – Educação – Museus - Interatividade

 

O museu é uma instituição complexa que lida com a preservação e com a comunicação do patrimônio sócio-cultural, preserva para comunicar as relações sociais mediadas pelo objeto musealizado e comunica para preservar o patrimônio como vetor de conhecimento sobre essas relações. Os museus se originaram no ano 290 a.C, consistiam-se em centros de reunião intelectual freqüentadas por sábios que discutiam seus conhecimentos sob o patrocínio das musas, que na mitologia grega eram inspiradoras dos artistas. O objeto musealizado é no museu ressignificado múltiplas vezes, analisado em sua materialidade, trajetória, a partir de questões contemporâneas que são também múltiplas, fragmentadas e passíveis de mudança. A museologia é a ciência que se ocupa em resolver os problemas e que propõe um museu em suas três missões: conversação, pesquisa e docência. A conversação é a maneira mais antiga de comunicação entre os homens, seja ela verbal ou por meio de sinais. Com a pesquisa, buscamos uma interação entre os diversos assuntos que estejam relacionados com a memória da humanidade e a sua contribuição para com a atualidade.  Por meio da docência,  tende-se a emergir para instigar os indivíduos na busca e reconhecimento da memória e da cultura. A interatividade surge como uma forma de quebrar com velho paradigma de museus estáticos. A interação museu-visitante e visitante-museu  propicia uma nova maneira de conhecer: a partir da intervenção. Com o desenvolvimento das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação, os museus entram na era do ciberespaço, oferecendo suas versões on-line. O ciberespaço designa o universo das redes digitais, como lugar de encontros, trabalho e aventuras, integrando  indivíduos que estão em busca de informações e interação. Neste sentido se situa o site do Museu da Escola Catarinense (https://www.museudaescola.udesc.br)  planejado  e publicado pela equipe do projeto de pesquisa Comunicação e memória: o tempo sensível da função e do conteúdo.

 

[1] Projeto de pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante do Projeto de Pesquisa: Comunicação e Memória: o tempo sensível da função e do conteúdo.

2 Orientadora, Dra. em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, Brasil; professora da disciplina Educação e Comunicação  do Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Ciências da Educação FAED/UDESC. Líder do Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia (ECT-UDESC/CNPq), coordenadora do projeto de pesquisa ‘Comunicação e Memória: o tempo sensível da função e do conteúdo’.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.

  

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MEMÓRIA E EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE CIBERESPAÇO1

 

Ademilde Silveira Sartori2, Patrícia Justo Moreira3

 

Palavras-chave: comunicação – educação – memória - ciberespaço - museu

 

A sociedade atual demanda espaços nos quais os interlocutores sejam cidadãos ativos e  participantes do processo, onde a participação é permitida e a co-autoria se realize com bases   em redes de relações. As NTIC tornam possíveis novas plataformas de interação, de comunicação e de desenvolvimento da memória. Se compreendermos a comunicação como a produção, a circulação e o consumo de bens culturais, e compreendermos o conteúdo  técnico e científico do conhecimento também como bens culturais, as  NTIC criam espaços para acontecer e dizer história, para as esquecer e  recordar - a memória. O site do Museu da Escola Catarinense (https://www.museudaescola.udesc.br), projetado e publicado pela equipe do projeto de pesquisa “Comunicação e memória: o tempo sensível da função e do conteúdo”, é um dispositivo que pretende ser espaço de comunicação, pesquisa  e difusão de informações que contempla a memória da escola e a produção do conhecimento, implicando em processos de produção, circulação e difusão de bens culturais, históricos e educacionais por meio de ciberespaço. O desenvolvimento do projeto de pesquisa propiciou aprofundar a compreensão da  relação entre o Museu da Escola Catarinense, a cultura, o ciberespaço e a escola, dentro de um perspectiva da comunicação em  redes digitais. As novas modalidades de comunicação, como a proposta de museus on line, criam novas necessidades como projeto gráfico, acessibilidade, navegabilidade e  interação, assim como exige qualificação para ser considerado educativo. Em uma época de linguagens multimídicas e hipertextuais, o design apropriado   -  união forma-conteúdo – e os laços  da memória e dos modos de contar no espaço virtual nos permite pensar a memória e a educação em tempos de ciberespaço.

 

[1] Projeto de pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante do Projeto de Pesquisa: Comunicação e Memória: o tempo sensível da função e do conteúdo.

2 Orientadora, Dra. em Ciências da Comunicação pela ECA/USP; professora da disciplina Educação e Comunicação  do Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Ciências da Educação FAED/UDESC. Líder do Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia (ECT-UDESC/CNPq), coordenadora do projeto de pesquisa ‘Comunicação e Memória: o tempo sensível da função e do conteúdo’.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.

  

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organização do trabalho DOCENTE nas séries iniciais do ensino fundamental: Movimentos entre os discursos e as práticas1

 

Alba Regina Battisti de Souza2, Lourival José Martins Filho3, Cristina Monteggia Varela4

 

Palavras-chave: movimento didático - séries iniciais – organização do trabalho docente – planejamento docente

 

Este artigo, oriundo do projeto de pesquisa “Docência nas séries iniciais do ensino fundamental: movimentos entre discursos e as práticas”, analisa o movimento didático construído por professoras, que atuam nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, tendo como foco a organização do trabalho docente. Tal movimento é compreendido como um processo dinâmico e complexo caracterizado pela mobilização e construção de conhecimentos inerentes docência. A partir dos discursos proferidos pelas professoras e das produções teóricas em circulação no meio acadêmico e de formação, conjugados com observações sistemáticas, apresenta-se os seguintes núcleos interpretativos: aspectos contextuais da investigação, projeto político-pedagógico na instituição escolar e planejamento da ação docente. As análises revelam a pouca estrutura pedagógica das instituições, a desvalorização dos profissionais da educação e o distanciamento das agências formadoras dos contextos escolares. Há entre as professoras participantes da pesquisa um expresso reconhecimento da importância do planejamento institucional e docente, porém convivem com diversos fatores que levam a preponderar práticas individualizadas, improvisadas e com acentuada fragilidade teórica e metodológica. A pesquisa tem buscado contribuir no desenvolvimento de projetos de extensão através de cursos e oficinas de formação continuada, bem como no redimensionamento de disciplinas do Curso de Pedagogia, como Didática e Prática de Ensino.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Artigo proveniente do Projeto de Pesquisa “Docência nas séries iniciais do ensino fundamental: movimentos entre discursos e as práticas” do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED, realizado entre agosto de 2005 a julho de 2007.

2 Orientadora – Professora de Didática Prática de Ensino do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED

3 Participante da Pesquisa - Professor de Didática Prática de Ensino do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED

4 Bolsista de Pesquisa – Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED

  

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MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: MOVIMENTOS ENTRE OS DISCURSOS E AS PRÁTICAS 1

 

Alba Regina Battisti de Souza2, Lourival José Martins Filho3,   Silviane de Luca Avila4                                                                  

 

Palavras-chave: ação docente - movimento didático - séries iniciais - mediação - avaliação.

 

Este artigo, oriundo do projeto de pesquisa “Docência nas séries iniciais do ensino fundamental: movimentos entre discursos e as práticas”, tem como objetivo analisar o movimento didático construído por professoras que atuam nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Tal movimento é caracterizado pela mobilização e construção de conhecimentos inerentes à ação docente. A partir dos discursos proferidos pelas professoras e dos contidos nas produções teóricas predominantes em circulação no meio acadêmico e de formação, conjugados às observações sistemáticas, focaliza-se os núcleos de análise: mediação pedagógica e avaliação escolar. Constata-se a predominância de uma prática docente intuitiva e elementar, a pouca estrutura pedagógica das instituições, a desvalorização dos profissionais da educação e o distanciamento das agências formadoras dos contextos escolares.  As professoras buscam construir, mesmo diante de muitas adversidades, uma prática em consonância com as perspectivas pedagógicas contemporâneas, por meio de diversas ações, como uma postura pedagógica mais mediadora e práticas avaliativas menos coercitivas e punitivas. As análises realizadas demonstram que a relação das práticas docentes com as teorias propaladas nos cursos de formação docente representa - para além de distanciamento ou dicotomia - um movimento peculiar, complexo e dinâmico. A pesquisa tem buscado contribuir no desenvolvimento de projetos de extensão através de cursos e oficinas de formação continuada, bem como no redimensionamento de disciplinas do Curso de Pedagogia, como Didática e Prática de Ensino.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Artigo proveniente do Projeto de Pesquisa “Docência nas séries iniciais do ensino fundamental: movimentos entre discursos e as práticas” do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED, realizado entre agosto de 2005 a julho de 2007.

2 Orientadora – Professora de Didática e Prática de Ensino do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED

3 Participante da Pesquisa - Professor de Didática e Prática de Ensino do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED

4 Bolsista de Pesquisa – Acadêmica do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED

  

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005

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ETNOGRAFIA DE UMA MATERNIDADE: DIFERENÇAS CULTURAIS E EXPERIÊNCIAS DE PARTO1

                                                                                                                            

Carmen SusanaTornquist2, Carolina Shimomura Spinelli 3

                                                                                            

Palavras-chave: etnografia - assistência ao parto e ao nascimento - família.

 

A hospitalização do parto e a medicalização da vida e da saúde estão relacionados ao que Michel Foucault chamou de bio-poder, e envolve diretamente a questão da sexualidade e da reprodução. Este autor também chama atenção para a organização da clínica médica, bastante hierárquica e marcada por relações de poder, nas quais os usuários/as são reduzidos ao seu aspecto orgânico e bio-fisico, apesar de iniciativas que visam modificar a assistência. O Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes (São José/SC), universo de nossa pesquisa, mantém uma Maternidade que é  considerada referência para muitos municípios da Grande Florianópolis, motivo pelo qual muitas mulheres, de diferentes grupos sociais, buscam seus serviços, tanto no momento do parto  quanto em  função da gestação e complicações dela decorrentes. Esta pesquisa, de cunho qualitativo, procurou caracterizar quem são estas usuárias, como vivenciam sua estada no Hospital e quem escolhem para acompanhá-las no processo do parto. A metodologia utilizada foi a observação participante, realizada nos setores de Triagem, Centro Obstétrico, Alojamento Conjunto e UTI Neonatal. Pudemos perceber que a possibilidade levar acompanhante para a maternidade encontra clara receptividade entre as usuárias, mesmo entre aquelas que preferem dar à luz sozinhas. De outro lado, a valorização da infância e a antecipação na noção de Pessoa para o bebê que nasce são observadas também neste contexto, marcado pela forte presença de classes populares.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Ciências Humanas FAED/UDESC.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

  

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ETNOGRAFIA DE UMA MATERNIDADE: DIFERENÇAS CULTURAIS E EXPERIÊNCIAS DE PARTO1

                                                                                             

Carmen SusanaTornquist2, Cristian Rubini Dutra3                                                                                 

 

Palavras-chave: etnografia –maternidade - ética na  pesquisa

 

Esta pesquisa, de cunho antropológico, realizou-se entre os meses de dezembro de 2006 a junho de 2007, no espaço da Maternidade do Hospital Homero de Miranda Gomes, conhecido como Hospital regional de São José. Muitas mulheres da grande Florianópolis recorrem a este serviço publico para serem atendidas no momento de dar a luz, ou quando apresentam complicações no período da gravidez. A Maternidade atende algumas das diretrizes da OMS relacionadas a chamada “humanização” da assistência, entre elas, o estímulo ao parto vertical, desestímulo a cesariana,  o alojamento conjunto, a  amamentação precoce e o direito de escolha da usuária no que se refere a ser acompanhada por alguém de sua confiança no processo de parto.  O objetivo da pesquisa era analisar quais eram os acompanhantes escolhidos pelas mulheres, e como elas vivenciavam, com suas família,  a experiência da maternidade,  bem como quais os significados atribuídos à infância e a família. Trabalhamos com a clássica metodologia etnográfica: a observação participante, feita no setor do Alojamento conjunto e na sala de espera, e, secundariamente, no centro obstétrico e neo-natologia. Também é feita um reflexão acerca das vicissitudes decorrente da “entrada no campo”,  ritual  iniciático do/a antropológo/a, com destaque aos fatores político-burocráticos  e também às forma de organização  e hierarquia hospitalar que se aproxima muito daquelas analisadas por Michel Foucault, o que nos chama atenção para os limites das políticas ditas “humanizadoras” nos contextos institucionais.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Ciências Humanas/FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.

  

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FUNDAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DA FACULDADE CATARINENSE DE FILOSOFIA1

 

Celso João Carminati2, Rafael Luiz Maschio3, Grace Karla Tito Garcia4

 

Palavras-chave: História - Educação Superior - Formação - Instituições

 

Discutimos os principais aspectos da fundação e constituição da Faculdade Catarinense de Filosofia no contexto das políticas educacionais dos anos 1950. Diante do processo de afirmação da educação no País, o ensino superior foi aos poucos se constituindo em importante pilar de formação de profissionais para as redes de ensino que se institucionalizavam. Este processo destaca o envolvimento de lideranças políticas e intelectuais, que, imbuídas de interesses pessoais e institucionais, atendiam com responsabilidade aos anseios sociais de uma elite cultural desejosa de formação superior e aos desafios educacionais. A fundação de uma Faculdade de Filosofia em Santa Catarina não só consolidaria tais anseios, como evidenciaria a trajetória da formação superior, sobretudo em Filosofia, Letras e Literatura.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante da pesquisa: A Faculdade Catarinense de Filosofia: constituição e formação de intelectuais.

2 Orientador, Dr. em Educação - professor do Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED/UDESC.

3 Acadêmico em História e bolsista de Iniciação Cientifica – PROBIC/UDESC, bolsista PROBIC de 01 de agosto de 2006 a 30 de abril de 2007.

4 Acadêmica em Pedagogia e bolsista de Iniciação Científica – PROBIC/UDESC,  bolsista PROBIC de 01 de maio de 2007 a 31 de julho de 2007.

 

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HISTÓRIAS, MEMÓRIAS E SUBJETIVIDADES: A FORMAÇÃO DO/A PROFESSOR/A DE HISTÓRIA E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – SANTA CATARINA 1980/2000.1

 

Cristiani Bereta da Silva2, Michele Bete Petry3.  

 

Palavras-chave: Formação docente - Ensino de História – Memória - Subjetividades

                                                                            

Na tentativa de compreendermos a formação docente e as práticas pedagógicas ligadas ao ensino superior de História em Santa Catarina no período de 1980 a 2000, buscamos, nesta pesquisa, identificar as noções de ensino de História daquele momento pela análise do discurso oficial do Estado, posto tanto no Plano Estadual de Educação de 1984 como nas Propostas Curriculares de Santa Catarina dos anos de 1988 e 1991, ao mesmo tempo em que investigamos os currículos dos Cursos de História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Procuramos, ainda, reconstituir as experiências de vida e práticas docentes dos/as professores/as e alunos/as egressos/as desses cursos por meio de suas memórias narradas e fontes documentais como provas, cadernos ou fotografias. Assim, compondo o desenvolvimento parcial deste estudo, foram realizadas e transcritas cinco entrevistas com esses sujeitos, as quais nos possibilitaram, em alguma medida, apreender a multiplicidade de relações constituídas e significadas nesse processo.

 

[1] Projeto de Pesquisa Probic FAED/UDESC

2 Orientadora, Professora Dr.ª do Departamento de Ciências Humanas do Centro de Ciências da Educação FAED e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

3 Acadêmica do Curso de História FAED - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

  

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ANÁLISE TEMPORAL DA OCUPAÇÃO DO ENTORNO DA LAGOA DO SIRIÚ – GAROPABA, SC, COM O USO DE PALMTOP, GPS E SIG1

 

Francisco Henrique de Oliveira2 ,Adriano Couto Duarte3, Mariane Alves Dal Santo4

 

Palavras-chave: Mapeamento temático - Análise temporal – Geotecnologias - Geoprocessamento.

 

As transformações ocorridas no entorno da lagoa do Siriú, em Garopaba – SC, parte integrante do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, foram analisadas de forma temporal utilizando-se imagens georreferenciadas. Através de duas épocas distintas buscou-se executar um retrato fiel das possíveis perturbações ao ambiente natural da lagoa e em seu entorno. Por se tratar de imagens com qualidades intrínsecas, ou seja, em diferentes escalas, modo de aquisição, entre outros, métodos diferentes foram utilizados para elaborar a classificação da área. Utilizando o equipamento disponível no Laboratório de Geoprocessamento da UDESC – GeoLab, primeiramente foi elaborado com o auxílio da imagem do satélite QuickBird a chave de classificação e conseqüente mapeamento do uso do solo. Em seguida elaborou-se a chave de classificação para o mosaico das fotografias aéreas, utilizando-se o estereoscópio de espelho, mais uma vez com vistas a avaliação do uso do solo. Com base nas classificações elaboradas foi possível constatar um intenso crescimento populacional, retratado pelo número de edificações identificadas, que passou de 164 em 1978 para 880 em 2004. Além deste dado foram calculadas as áreas das principais formações vegetais encontradas e do uso do solo pela ação antrópica, na qual se destaca o crescimento da área antropizada em mais de 154%, inversamente a vegetação de restinga e da agricultura, que perderam 17% e 50% de sua área original respectivamente. Em conseqüência desta realidade também foram identificadas, com base na utilização do SIG, as edificações dentro da área do parque, que no ano de 2004 já somavam 240 edificações, das quais somente 11 são coincidentes com as do ano de 1978 e que são passíveis de indenização por desapropriação. O uso do software SIG garante um grande amparo à tomada de decisão, pois permite mensurar com exatidão os impactos e modificações na área, sendo de grande valia aos órgãos competentes na preservação de áreas de valor paisagístico.

 

1 Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientador, Professor Doutor do Departamento de Geografia – Centro de Ciências da Educação –FAED/UDESC. Rua Saldanha Marinho, 198 - CEP 88020-000 - Fpolis - SC.

3 Acadêmico do Curso de Geografia – CCE-FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

4 Co-Orientadora, Professora Doutoranda do Departamento de Geografia – CCE/UDESC.

  

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MAPAS FÍSICO-AMBIENTAIS COMO SUPORTE À APLICAÇÃO DA LÓGICA DIFUSA1

 

Francisco Henrique de Oliveira2, Felipe Restitutti Armani3, Mariane Alves Dal Santo4, Egard Fernandes5

 

Palavras-chave: Sistemas de Informações Geográficas – Mapa de Sugestão de Uso do Espaço – Lógica Difusa – Ordenamento/reordenamento físico-ambiental

 

A partir da conferência promovida pela Organização das Nações Unidas – ONU, na cidade de Estocolmo, em 1972, muitos esforços vêm sendo desenvolvidos na esfera do setor do ambiente no sentido de estabelecer uma base metodológica para o desenvolvimento de estudos ambientais. Várias metodologias têm sido utilizadas para a realização desses estudos, baseadas em técnicas de matrizes, “checklists”, “overlays”, “networks”, entre outras, que se baseiam em uma análise compartimentada do meio físico e cujos resultados têm sido utilizados como base para análise de diagnósticos ambientais. Os mapas finais sejam eles de risco, vulnerabilidade, sustentabilidade e outros, têm sido obtidos pelo cruzamento dos dados de mapas temáticos, dois a dois, onde cada variação temática recebe uma avaliação ponderal que depende da experiência do pesquisador.  Os mapas resultantes desses cruzamentos são utilizados com entrada de dados para outra etapa, prosseguindo com o mesmo processo de cruzamento até a obtenção do mapa final, através da utilização dos Sistemas de Informações Geográficas. Tais diagnósticos do meio físico baseiam-se principalmente nos aspectos, geológicos, geomorfológicos e pedológicos, cujas análises são bastante subjetivas devido às características e particularidades de cada destes aspectos e de seus múltiplos relacionamentos e dependem intrinsecamente da experiência, sensibilidade e conhecimento do analista, o que pode nos levar a resultados imprecisos. Neste contexto, o projeto proposto foca uma nova aborbagem na geração do mapeamento temático, ou seja, há uma mudança de paradigma, pois utiliza o conceito de “soft decison trees” em Lógica Difusa para o cruzamento de mapas temáticos, visando a elaboração de um Mapa de Sugestão de Uso do Espaço para a Ilha de São Francisco do Sul – SC. Dessa forma, através da geração do produto final visa-se contribuir para uma melhoria na abordagem do tratamento das Informações Geográficas, utilizadas na análise das características físicas dos elementos que constituem os aspectos do meio físico, resultando em dados mais confiáveis quanto ao seu diagnóstico. Assim, os tomadores de decisão terão ao seu alcance resultados técnicos mais confiável para subsidiar as suas decisões e portanto retornar a população uma melhor qualidade de vida com relação a ocupação e ordenamento/reordenamento físico-territorial.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientador, Professor Doutor do Departamento de Geografia da FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de Geografia – CCE/FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

4 Professora Doutoranda Mariane Alves Dal Santo.

5 Doutorando Engenharia Civil – UFSC e Geólogo funcionário do IBGE.

 

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SIG INTERATIVO DA ILHA DE SANTA CATARINA UTILIZANDO FERRAMENTAS DE WEB MAPPING¹

 

Francisco Henrique de Oliveira2 Julianna Luiz Steffens3

 

Palavras-chave: Ferramentas WebMapping - mapa interativo - mapas temáticos - informações geográficas.

 

Desde o surgimento dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), na década de 60, estes se mantêm em constante evolução. Atualmente, através das inovações recorrentes nos meios de comunicação e com a universalidade da internet, acredita-se que o SIG tenha alcançado o seu momento de maior desenvolvimento. Com a inserção e disseminação dos dados geográficos na grande rede de computadores tornou-se possível a realização de diversas pesquisas e trabalhos que envolvam mapas temáticos. A partir do apresentado pretende-se neste trabalho explorar o potencial da ferramenta Webmapping como parte da constante evolução do SIG aplicada aos dados do mapeamento realizado na Bacia Hidrográfica do Rio Itacorubi em Florianópolis-SC. Para tal, são facultados dois ambientes distintos, mas complementares, de pesquisa: o acesso via web forms a Bases de Dados on line e o acesso via webmapping ao SIG on line, utilizando, neste caso, dados do mapeamento temático da Bacia Hidrográfica. O processo consiste em: organizar e sistematizar os dados gráficos e alfanuméricos em softwares SIG; planejar as telas na internet, gerar a base de dados, planejar e divulgar os mapas temáticos; por fim, definir a mobilidade e a forma com que os dados serão apresentados na interface gráfica do projeto, determinando quais dados serão representados de forma estática e quais serão representados de forma dinâmica, ou seja disponibilizados de forma interativa para o usuário. A implantação deste projeto apresenta, como benefício, o acesso rápido à informações confiáveis e seletivas que possibilitam a disseminação de dados geográficos sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Itacorubi obtidos através da utilização do SIG  auxiliando o usuário final à tomada de decisão, e também servindo de base e apoio aos trabalhos científicos geográficos futuros.

 

1 Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientador, Professor Doutor do Departamento de Geografia – Centro de Ciências da Educação – Rua Saldanha Marinho, 198 - CEP 88020-000 - Fpolis - SC.

3 Acadêmica do Curso de Geografia – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

  

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INTERDISCIPLINARIDADE: ARTICULAÇÃO E APROPRIAÇÃO DO CONCEITO NAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS NO BRASIL1

 

Geovana M. Lunardi Mendes2, Paula Cabral3, Suzana Rodrigues Régis4

 

Palavras-chave: Currículo Integrado - Séries Iniciais - Inovação curricular - Escolarização nas classes populares.

 

O objetivo principal do Projeto de Pesquisa, em andamento, consiste em analisar as propostas de currículo integrado sugerida pelos documentos curriculares oficiais, articulando-as às práticas curriculares vividas na escola e identificando o seu papel na democratização do acesso dos alunos ao conhecimento nas séries iniciais, bem como o estado da arte da produção científica sobre o tema no Brasil. O processo de pesquisa foi iniciado com um levantamento de bibliografia nacional e internacional na área estudada. Após essa seleção realizamos estudos teóricos sobre os conceitos de inter/trans/multidisciplinaridade. Tendo por base uma metodologia qualitativa, realizamos um levantamento bibliográfico de artigos publicados em revistas de Educação e de dissertações e teses defendidas nos Programas de Pós-graduação em Educação no Brasil. O artigo apresenta o levantamento feito nas produções científicas no Brasil sobre a interdisciplinaridade. Inicia com uma breve contextualização de movimentos que originou a teoria curricular e por sua vez uma das tendências curriculares em maior evidência nos tempos atuais, a interdisciplinaridade. Descrevemos os percursos metodológicos que nos levaram aos resultados do levantamento e em seguida analisamos alguns aspectos destes resultados.  Identificamos de que forma as produções acadêmicas se apropriam do conceito de interdisciplinaridade, ou seja, como trabalham com esta tendência curricular com o intuito de perceber as articulações com os conceitos de interdisciplinaridade colocados por autores de maior expressão nessa área de conhecimento. Por fim analisamos se os estudos pesquisados trazem propostas diferenciadas de ensino que proporcionem principalmente a democratização do acesso ao conhecimento.

 

1 Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Artigo científico apresentado como relatório final de bolsista da pesquisa em andamento, referente ao Projeto de Pesquisa: Currículos Integrados: inovação no espaço escolar?

2 Orientadora, Professora do Departamento de Estudos Especializados Em Educação– Centro de Ciências da Educação  e do Mestrado em Educação – FAED- UDESC.

3 Autora do artigo e acadêmica do Curso de Pedagogia – Séries iniciais – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

4 Acadêmica do Curso de Pedagogia – Supervisão Escolar - FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

  

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A COMPREENSÃO DE CURRÍCULO INTEGRADO NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO BRASIL: A CRENÇA NOS ÊXITOS DAS PROPOSTAS DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR1

 

Geovana M. Lunardi Mendes2, Paula Cabral3, Suzana Rodrigues Régis 4

 

Palavras-chave: Currículo Integrado - Séries Iniciais - Inovação curricular - Escolarização nas classes populares.

 

O objetivo principal do Projeto de Pesquisa, em andamento, consiste em analisar as propostas de currículo integrado sugerida pelos documentos curriculares oficiais, articulando-as às práticas curriculares vividas na escola e identificando o seu papel na democratização do acesso dos alunos ao conhecimento nas séries iniciais, bem como o estado da arte da produção científica sobre o tema no Brasil. O processo de pesquisa foi iniciado com um levantamento de bibliografia nacional e internacional na área estudada. Após essa seleção realizamos estudos teóricos sobre os conceitos de inter/trans/multidisciplinaridade. Tendo por base uma metodologia qualitativa, realizamos um levantamento bibliográfico de artigos publicados em revistas de Educação e de dissertações e teses defendidas nos Programas de Pós-graduação em Educação no Brasil. O presente artigo se propõe a abordar sobre as formas como têm se constituído os discursos concernentes a integração curricular, especificamente, o currículo integrado e a interdisciplinaridade, nos âmbitos escolares e, sobretudo, nos âmbitos da produção científica do Brasil. Centrando-se na análise do conceito de currículo integrado e questionando o caráter prescritivo dos discursos a este conceito relacionado, o presente artigo também fornece aprofundamento teórico de alguns dos dados coletados na pesquisa.

 

1 Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Artigo científico apresentado como relatório final de bolsista da pesquisa em andamento, referente ao Projeto de Pesquisa: Currículos Integrados: inovação no espaço escolar? - Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Estudos Especializados Em Educação– Centro de Ciências da Educação  e do Mestrado em Educação – FAED- UDESC.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia – Séries iniciais – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

4 Autora do artigo e Acadêmica do Curso de Pedagogia – Supervisão Escolar - FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

  

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PEDRA ANGULAR DA REPÚBLICA: AS LIÇÕES DOS PRIMEIROS GRUPOS ESCOLARES FLORIANOPOLITANOS1

 

Gladys Mary Teive Auras2, Denise de Paulo Matias Prochnow3

 

Palavras-chave: Cultura Escolar – Grupos Escolares – Primeira República

 

Esta pesquisa tem como objetivo investigar a cultura escolar dos primeiros grupos escolares implantados em Florianópolis, os quais, sob a égide da Reforma Orestes Guimarães, deveriam constituir-se em modelo de modernidade pedagógica. A nova forma escolar inaugurada a partir de 1912, prometia inovar no que se refere ao método de ensino, gestão, saberes e práticas escolares. Sob a égide dos pressupostos da pedagogia moderna pretendia-se instaurar um modelo de escola racionalizada e padronizada, de ensino simultâneo, gratuito e laico, capaz de contribuir para a formação do cidadão republicano. Entretanto, mecanismos de força, poder e controle podem ser evidenciados e constatados no decorrer da instalação da nova cultura escolar. São estes mecanismos que buscamos analisar no decorrer desta pesquisa, fazendo uso de documentos da época como leis, decretos regulamentos e programas, bem como cadernos, livros e manuais escolares, fotografias e jornais e entrevistas de ex-alunos e ex-professores. A imposição de determinados saberes e práticas escolares, de regras e normas de conduta, contribuem para produzir identidades e subjetividades específicas. A Reforma Orestes Guimarães, a qual teve como pedra de toque a implantação dos grupos escolares, criou condições para a consolidação de um sistema de ensino e a construção de um sistema de pensamento, identificado com determinados interesses da sociedade brasileira no período republicano.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante da pesquisa: As lições dos grupos escolares: um estudo sobre a incorporação do método de ensino intuitivo ou lições de coisas na cultura escolar dos primeiros grupos escolares catarinenses.

2 Orientadora – Doutora em Educação pela UFPR, Professora do Departamento de Departamento de Estudos Especializados em Educação.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.

  

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AS CONEXÕES ENTRE OS EUA E O BRASIL: AS REDES SOCIAIS TECIDAS A PARTIR DE GOVERNADOR VALADARES (MG) E CRICIÚMA (SC)1

 

Gláucia de Oliveira Assis2, Elton Francisco3

 

Palavras-chave: Governador Valadares – Criciúma - i/emigrantes - retornados

 

O Brasil, até algumas décadas anteriores era internacionalmente conhecido como um país receptor de imigrantes, processo intensificado da segunda metade do XIX até meados do XX, mas este quadro modifica-se, principalmente, após os anos oitenta deste século e hoje, o mesmo país é visto como exportador de trabalhadores para as mais diversas partes do mundo, o que modifica toda a dinâmica do seu processo migratório e histórico. Esta no entanto não é uma novidade, uma vez que, muitos outros países já passaram ou passam por esta experiência. A novidade é consiste em tentar desvendar quem são estes migrantes, por que deixam seu país de origem e por que uns migram e outros não quando a realidade social do país não é tão diferente nos seus diversos espaços. Para além de uma resposta iminentemente econômica, esta pesquisa procura analisar como a formação de “redes sociais” auxilia na seleção  daqueles que migram ou não, como determinam a origem e o destino dos fluxos migratórios e ainda como se formam, articulam, mantém e se modificam no processo migratório. Portanto a pesquisa se realizará nas duas cidades no Brasil que tem as conexões desde a década de 80 com a região de Boston (EUA) – Governador Valadares (MG) e Criciúma (SC). O objetivo é demonstrar como nesse início de milênio a migração tem influenciado na vida cotidiana destas cidades procurando compreender o impacto da migração tanto entre aqueles que ficaram como as perspectivas daqueles que retornaram ao Brasil. A metodologia consiste na observação participante da vida cotidiana em ambas as cidades, na realização de entrevistas semi-estruturadas com os retornados ou familiares e um levantamento sócio-demográfico realizado nestas cidades a fim de traçar um perfil dessas redes e suas conexões.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Ciências Humanas FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq.

  

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AS CONEXÕES ENTRE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS: UMA ANÁLISE DAS REDES SOCIAIS EM GOVERNADOR VALADARES (MG) E CRICIÚMA (SC)1

 

Gláucia de Oliveira Assis2; Gisele Meriz3

 

Palavras-chave: Criciúma - Governador Valadares - I/emigrantes - Retornados

 

Nesse início de século XXI a ampliação da emigração de brasileiros tem colocado novas questões e problemas para aqueles que vivenciam a experiência de viver entre dois lugares – O Brasil e os EUA. Esta pesquisa analisa como se formam, articulam, mantém e se modificam as redes sociais no processo migratório, delineando suas dinâmicas e suas estratégias nas sociedades de origem e de destino. A primeira etapa da pesquisa de campo, realizou-se em Governador Valadares (MG), em maio de 2007 e a próxima etapa realizar-se-á em Criciúma (SC) no segundo semestre de 2007. Os dados, coletados através de pesquisa etnográfica e entrevistas semi-estruturadas, revelam os sonhos, desejos e as dificuldades de quem busca a vida na “América”. As entrevistas realizadas em Governador Valadares (MG) evidenciam as diversas experiências daqueles que cruzam as fronteiras recorrendo às arriscadas redes de tráfico de pessoas para cruzá-las, bem como a concretização do projeto migratório, através de relatos que reforçam o imaginário de “Fazer América”.

 

[1] Projeto de pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora Dra. do Departamento de Estudos Básicos - Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED/UDESC - Av. Madre Bevenuta, Nº 2007. Itacorubi- 88.035.001 - Florianópolis – SC.

3 Acadêmica do Curso de História FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

  

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A Infra-estrutura de Transportes Ferroviária e Hidroviária de Santa Catarina1

 

Isa de Oliveira Rocha2, Elisa Volker dos Santos3, Renata Rogowski Pozzo4

 

Palavras Chave: Infra-Estrutura de Transportes; ferrovias; portos; Santa Catarina

 

A infra-estrutura de transportes ferroviária e hidroviária do Estado de Santa Catarina tem sua gênese e formação ligadas ao processo de ocupação do território estadual. A expansão de muitas atividades econômicas dependeu diretamente da infra-estrutura destes dois modais de transporte, como a indústria extrativista de carvão no sul e de erva-mate no nordeste catarinense. Partindo desta perspectiva, procede-se a pesquisa de dados e informações em bibliotecas e arquivos documentais, buscando elaborar um levantamento sobre portos e ferrovias do Estado de Santa Catarina. O suporte teórico apóia-se na perspectiva de formação sócio-espacial (Milton Santos), na teoria dos ciclos econômicos e desenvolvimento brasileiro (Ignácio Rangel) e na obra de Armen Mamigonian, que explicita o dinamismo não periférico e não dependente do Brasil Meridional. Tais perspectivas permitem compreender a realidade econômica-espacial da infra-estrutura de transportes de Santa Catarina, pela mediação dialética entre processo/resultado, função/forma e passado/presente. Verificou-se que com o processo de consolidação do povoamento da vertente atlântica e do planalto catarinense os portos e as estradas de ferro se configuraram em promotores do desenvolvimento regional, sendo as principais vias de comunicação para o escoamento da produção. As vias férreas tiveram o papel principal de ligar as hinterlândias aos portos costeiros catarinenses e a centros maiores/regiões do país, contribuindo significativamente para o desenvolvimento fabril de Santa Catarina, no período em que as estradas de rodagem se apresentavam bastante precárias.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Artigo vinculado à pesquisa A infra-estrutura logística das indústrias exportadoras de Santa Catarina: no Brasil e no exterior, realizada entre agosto de 2006 e julho de 2007.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Geografia da FAED/UDESC.

3 Acadêmica da 5ª fase do Curso de Geografia da FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica – PROBIC/UDESC.

4 Acadêmica da 7ª fase do Curso de Geografia da FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica – PROBIC/UDESC.

  

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Origem e Formação da Infra-estrutura de Transportes de Santa Catarina1

 

Isa de Oliveira Rocha2, Renata Rogowski Pozzo3, Elisa Volker dos Santos4

 

Palavras-chave: Infra-Estrutura de Transportes; Santa Catarina; Geografia Regional

 

A origem, formação e configuração espacial da infra-estrutura de transportes de Santa Catarina estão intrinsecamente ligadas às condições naturais do território estadual e aos seus processos de ocupação e evolução sócio-econômica. O desenvolvimento das atividades econômicas catarinenses, a saber, atividades pastoris no planalto e a pequena produção nos vales atlânticos e no oeste, dependeram muito destas estruturas de transporte, cujas expansões relaciona-se às próprias etapas do desenvolvimento regional estadual.  Partindo desta constatação, desenvolveu-se a pesquisa histórico-geográfica que compreendeu revisão bibliográfica e levantamento de dados e informações em bibliotecas e arquivos documentais. O suporte teórico apóia-se na perspectiva de formação sócio-espacial (Milton Santos), na teoria dos ciclos econômicos e desenvolvimento brasileiro (Ignácio Rangel) e na obra de Armen Mamigonian, que explicita o dinamismo não periférico e não dependente do Brasil Meridional. Tais perspectivas permitem compreender a realidade econômica-espacial da infra-estrutura de transportes de Santa Catarina, pela mediação dialética entre processo/resultado, função/forma e passado/presente. Os sistemas aquáticos foram por muito tempo os principais meios de comunicação das cidades catarinenses. As vias fluviais ligavam regiões produtoras aos portos litorâneos do estado, e estes, com as outras regiões brasileiras, bem como a outros países.  As primeiras cidades do estado eram cidades portuárias e os primeiros núcleos coloniais localizaram-se ao longo dos cursos de rios que desenharam os vales atlânticos de Santa Catarina. Assim como as hidrovias, muitas das vias terrestres tiveram o papel de ligar as ocupações do interior (principalmente do planalto) aos portos costeiros, relacionando-se ao desenvolvimento das economias regionais catarinenses (caso da Estrada Dona Francisca e da atualmente denominada BR 282). Destaca-se, ainda, que importantes vias que cortam o estado, como as presentemente denominadas Ferrovia São Paulo-Rio Grande, BR’s 116 e 101, alem de promover ligação entre cidades no sentido norte-sul, atestam, principalmente, a relação de cidades de Santa Catarina com as metrópoles sulinas (Curitiba e Porto Alegre) e com o sudeste brasileiro (São Paulo e Rio de Janeiro), antes da promoção da integração estadual, que mostrava-se muito frágil até meados do século XX. Com o abandono do projeto ferroviário, a partir da 2ª Guerra Mundial passou-se a investir no modal rodoviário, que foi o promotor efetivo da integração regional em Santa Catarina.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Artigo vinculado à pesquisa A infra-estrutura logística das indústrias exportadoras de Santa Catarina: no Brasil e no exterior, realizada entre agosto de 2006 e julho de 2007.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Geografia da UDESC.

3 Acadêmica da 7ª fase do curso de Geografia da UDESC/FAED, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.

4 Acadêmica da 5ª fase do Curso de Geografia da UDESC/FAED, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.

  

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VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NO LITORAL SUL DO BRASIL. PARTE 1: CICLONES EXTRATROPICAIS1

 

Lúcia Ayala2, Ana Carolina Vicenzi Franco3

 

Palavras-chave: maré meteorológica - litoral Sul do Brasil - ciclones extratropicais - circulação atmosférica

 

O presente trabalho investiga a influência dos sistemas atmosféricos de baixa pressão (ciclones extratropicais) sobre as variações do nível do mar no período compreendido entre 2003 a 2005, para o litoral catarinense.  Ciclones extratropicais são sistemas atmosféricos que se caracterizam por se desenvolverem em associação com Frentes Frias. A passagem desses sistemas ao longo do litoral Sul do Brasil induzem uma elevação no nível oceânico que é conhecida na literatura científica como maré meteorológica. Os estudos sobre a variação do nível do mar são importantes por se constituírem numa ferramenta para o planejamento e gerenciamento costeiro. A previsão do fenômeno se faz necessária de forma a evitar perdas humanas, materiais e econômicas decorrentes do estrago causado por ressacas ou eventos de maré meteorológica.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Geografia FAED/UDESC.

3 Acadêmica do Curso de Geografia – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

  

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PERFIL GEOLÓGICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA1

 

Lúcia Ayala2, Heloisa de Campos Lalane3, Maria Paula Marimon4

 

Palavras-chave: Perfil geológico – Estado de Santa Catarina – Geologia Regional – Cartografia geológica.

 

O Projeto de pesquisa intitulado Perfil Geológico do Estado de Santa Catarina tem como objetivo principal elaborar uma seção geológica através do Estado, do litoral até a fronteira com a Argentina.  O estudo fundamenta-se em metodologia baseada na análise de fotografias aéreas, em trabalhos de campo, na interpretação de dados de sondagens, e na reinterpretação de mapeamentos já publicados. Os trabalhos até aqui desenvolvidos resultaram na definição de duas linhas de seções.  A primeira, norte-sul, inclui o trecho da BR-101 entre Florianópolis e Tubarão, que abrange principalmente as rochas cristalinas de idade pré-cambriana e paleozóica inferior recobertas por pacotes sedimentares quaternários; e a segunda, leste-oeste, partindo de Florianópolis pela BR-282 até a fronteira com a Argentina, essa sob a responsabilidade dos autores, cortando as rochas pré-cambrianas próximas da região costeira, seguindo pelas rochas paleozóicas e mesozóicas, sedimentares e vulcânicas, da Bacia do Paraná.  Os autores também participaram do mapeamento piloto na Bacia do Rio Paulo Lopes, que serviu para estabelecer critérios, aprimorar a metodologia e detalhar o processo deposicional da planície costeira naquela área.  Os resultados obtidos foram apresentados no 12º Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (COLACMAR), em abril de 2007.  Os dados de campo estão sendo ainda coletados, mas sua qualidade e quantidade já nos permitiu propor, além do objetivo original, a publicação de um roteiro turístico-geológico para a seção considerada, e um novo projeto de pesquisa estudando a variação ambiental ocorrida na região costeira no passado geológico como resposta às pretéritas variações climáticas globais. 

 

1. Projeto de Pesquisa FAED/UDESC

2. Orientadora, professora do Departamento de Geografia, FAED/UDESC, Florianópolis.

3. Acadêmica do Curso de Geografia FAED/UDESC; bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.

4. Professora do Departamento de Geografia, FAED/UDESC, Florianópolis.

  

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PERFIL GEOLÓGICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA1

 

Lúcia Ayala2, Heron Rosa3, Mari Ângela Machado4, Maria Paula Marimon5, Nicole Cristina S. Schmitt6.

 

Palavras-chave: Perfil geológico – Estado de Santa Catarina – Geologia Regional – Cartografia geológica.

 

O Projeto de pesquisa Perfil Geológico do Estado de Santa Catarina tem por objetivo gerar um perfil geológico através do Estado, do litoral até a fronteira com a Argentina.  O estudo feito através da interpretação de fotografias aéreas, da interpretação de grande quantidade de dados de sondagens, de trabalhos de campo, da releitura de mapeamentos já publicados, nos levaram a definir duas linhas principais de perfil.  A primeira, norte-sul, de Florianópolis a Tubarão, sob a responsabilidade dos autores, estudando principalmente as rochas de origem pré-cambrianas, paleozóica inferior e quaternárias, e pretendendo aproveitar os grandes cortes de estrada e a grande quantidade de dados de subsuperfície trazidos pelos furos de sondagem feitos para apoio ao trabalho de duplicação da BR-101; e a segunda, leste-oeste, partindo de Florianópolis pela BR-282 até a fronteira com a Argentina, cortando as rochas paleozóicas e mesozóicas da Bacia do Paraná.  No perfil norte-sul, a partir da interpretação dos dados obtidos dos furos de sondagem e da montagem de seções geológicas, foi possível realizar um mapeamento piloto na Bacia do Rio Paulo Lopes, estabelecer critérios, acurar a metodologia e detalhar o processo deposicional da planície costeira naquela área.  O estudo feito deu notícia de paleolinhas de praia, de paleodinâmicas ambientais, assim como de um espesso pacote sedimentar marinho-continental sobre o embasamento rígido da bacia estudada.  Os resultados obtidos nesse mapeamento foram apresentados no 12º Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (COLACMAR), em abril de 2007.  Os dados de campo estão sendo ainda coletados, mas sua qualidade e quantidade já nos permitiu propor, além do objetivo original, a publicação de um roteiro turístico-geológico para a área considerada, e um novo projeto de pesquisa estudando a variação ambiental ocorrida na região costeira no passado geológico como resposta às pretéritas variações climáticas globais. 

 

1. Projeto de Pesquisa FAED/UDESC

2. Orientadora, professora do Departamento de Geografia, FAED/UDESC, Florianópolis.

3. Acadêmico do Curso de Geografia FAED/UDESC; bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC, substituído em abr.2007.

4. Acadêmica do Curso de Geografia FAED/UDESC; bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC, substituiu Heron em abr.2007.

5. Professora do Departamento de Geografia, FAED/UDESC, Florianópolis.

6. Acadêmica do Curso de Geografia FAED/UDESC.

     

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QUEM ESTÁ ATRÁS DO MURO? CRIMINALIZAÇÃO, REEDUCAÇÃO E VIVÊNCIAS NO SISTEMA PENITENCIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS NAS ÚLTIMAS DÉCADAS DO SÉCULO XX1

 

Luiz Felipe Falcão2, Cíntia Ertel Silva3

 

Palavras-chave: Cidade – Criminalidade – Penitenciária – Presidiários

 

Nos últimos anos, a criminalidade vem tendo grande visibilidade nos discursos produzidos no Brasil em torno de temas como o crescimento demográfico, o inchaço das cidades e, sobretudo, a falta de oportunidades em termos de educação, saúde, emprego, etc., e esta situação não tem sido diferente em Florianópolis. Em realidade, não existem números confiáveis acerca de um eventual aumento da criminalidade, mas é inegável que houve um grande crescimento da discursividade a respeito disto. Logo, um dos focos deste projeto é verificar, dentro do universo penitenciário o que presos e funcionários falam sobre criminalidade e em que medida se pode estabelecer relação entre as transformações ocorridas em Florianópolis nas últimas décadas, a produção de discursos sobre crime, assim como o debate o paradoxo representado pelo sistema prisional.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientador, Professor do Departamento de História FAED/UDESC.

3 Acadêmica do Curso de História, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC

 

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VISIBILIDADE DOS GRUPOS DE PESQUISA DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO (CCE) DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC)1

 

Maria de Jesus Nascimento2, Augiza Karla Boso3

 

Palavras-chave: Grupos de pesquisa - Projetos de pesquisa - Produção científica - Centro de Ciências da Educação – UDESC.    

 

Visibilidade dos Grupos de pesquisa do CCE que inclui os cursos de Biblioteconomia, Geografia, História e Pedagogia. Análise do perfil e produção dos pesquisadores registrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq que desenvolveram projetos no período 2003/2005. Dos 15 grupos analisados, 33% se instituíram na década de 90, e 67% entre 2000 e 2004. Dos 55 pesquisadores, membros dos grupos, 27,3% são homens e 56,3% são mulheres; 34,5% são mestres e 65,5% são doutores. Dos 87 projetos novos, 22% foram apresentados em 2003; 33,%, em 2004, e 45%, em 2005. Para o total de projetos, novos e os em andamento, nesse período atuaram 139 bolsistas das quais 10,8% na modalidade voluntária; do Programa de Bolsas de Iniciação Científica, 24,5% das bolsas foram concedidas pelo PIBIC/CNPq e 64,7% pelo PROBIC/UDESC, e 17 projetos foram desenvolvidos sem bolsista. Alem da participação dos bolsistas, 48% dos projetos novos tiveram a colaboração de outros pesquisadores, e 52% não. Conclui-se que urge consolidar os grupos pesquisa do CCE e incrementar a visibilidade de sua produção científica.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante da pesquisa: Crescimento e visibilidade da produção científica dos Grupos de Pesquisa do Centro de Ciências da Educação – UDESC.

2 Professora Doutora do Departamento de Biblioteconomia e Documentação – FAED/UDESC

3 Acadêmica do Curso de Biblioteconomia - Habilitação Gestão da Informação FAED, bolsista do Programa de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.

  

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TENHA MODOS! EDUCAÇÃO E SOCIABILIDADES EM MANUAIS DE CIVILIDADE E ETIQUETA (1900 – 1960)1

 

Maria Teresa Santos Cunha2, Cristiane Cecchin3

 

Palavras-chave: Manuais de Civilidade - Cultura Escrita - Construção das sensibilidades

.

Pretende-se, neste estudo, destacar a presença dos Manuais de Civilidade e Etiqueta como materiais inseridos numa literatura voltada a uma certa ‘construção das sensibilidades’, viabilizando assim experiências sobre o que possa significar a noção de civilidade no mundo da educação das posturas. Para tanto, a partir da análise de um corpus documental de manuais que circularam na sociedade do período pesquisado, intenta-se vislumbrar o processo de criação das regras / normas presentes no campo das civilidades em diferentes espaços e temporalidades. Para tanto, foi montado um acervo com cerca de 70 (setenta) exemplares raros datados entre 1920 e 1980, encontrados em bibliotecas e acervos da região de Florianópolis - organizado com a finalidade de servir como suporte às análises arquivísticas / interpretativas que representam a metodologia central (nas pesquisas) deste projeto. Tais obras são percebidas como textos que possibilitaram, e ainda possibilitam / facilitam a construção de dadas conformidades sociais de acordo com os anseios que cada momento impõe em suas necessidades particulares e específicas. Ao permitirem, portanto, a promoção de ‘modelos civilizatórios’ que reverberam ainda na sociedade atual como protocolos de etiqueta, são aqui compreendidos em suas permanências  e descontinuidades, como materiais impressos inclinados à formação do ‘bom cidadão’, polido e adaptado ao bom convívio em todas as esferas das sociabilidades.

 

[1] Projeto de pesquisa FAED/UDESC, financiado pelo CNPq/ Edital Universal/ 402767/2004-7.

2 Orientadora, Professora Doutora – Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História - UDESC/SC, e-mail: mariatsc@gmail.com.

3 Acadêmica do Curso de História FAED/UDESC, bolsista PIBIC/ CNPq, e-mail: criscecchin@yahoo.com.br.

 

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SABERES IMPRESSOS: IMAGENS DE CIVILIDADE EM TEXTOS ESCOLARES E NÃO-ESCOLARES: COMPOSIÇÃO E CIRCULAÇÃO (DÉCADAS DE 50 E 70 DO SÉCULO XX)1

 

Maria Teresa Santos Cunha2, Daniela Queiroz Campos3

 

Pretende-se, neste trabalho, analisar as normas de civilidade contidas na coluna Garotas (1938–1964) da revista “O Cruzeiro” (1928-1975) durante os chamados anos dourados (1950-1964). A coluna, que circulou na famosa revista ilustrada semanal por 26 anos, considerada a “expressão da vida moderna no Brasil”, apresentava semanalmente, em duas páginas coloridas, grupos de belas mocinhas, vestidas segundo as últimas tendências da moda, conversando sobre os mais diversos assuntos. Desenhadas por Alceu Penna e com textos de diversos autores, como A. Ladino e Maria Luiza, a coluna ditou modas, costumes e preceitos de civilidade, criou um imaginário acerca do feminino que acabou por influenciar no comportamento de gerações de homens e mulheres. As Garotas “endiabradas e irrequietas” foram ao jóquei club e ao cinema, tomaram banho de sol e de mar, viajaram, namoraram, leram, enviaram correspondências. O presente trabalho está ancorado no aporte da História Cultural e da Leitura e, através desta bibliografia e da leitura e posterior análise das colunas Garotas e de Manuais de civilidade, que circularam no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, busca-se perceber as normas de civilidade e etiqueta reverberadas nos historietas e nos desenhos da coluna. Enfim, busca-se ver nos hábitos, nas imagens, nas condutas, e nas posturas propagados pela coluna Garotas uma espécie de ressonância do papel social esperado pelas jovens meninas/mulheres do Brasil da época.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de História – Centro de Ciências da Educação FAED/UDESC.

3 Acadêmica do Curso de História, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq.

  

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UM TOM PARA O BOM TOM. HIGIENE E CIVILIDADES NA SÉRIE DE LEITURA GRADUADA PEDRINHO/ LOURENÇO FILHO.1

 

Maria Teresa Santos Cunha2, Marlene Neves Fernandes3

 

Palavras-chaves: história da leitura, civilidades, regras de bom tom, higiene.

 

Trata-se dos primeiros estudos relacionados à pesquisa: Saberes Impressos. Imagens de Civilidade em textos escolares e não-escolares: composição e circulação (década de 50 a 70 do século XX)4, que tem por intuito analisar nos textos escolares, hábitos de higiene e civilidade. A civilidade entendida, como uma experiência historicamente constituída articulada a um esforço de codificação/controle dos comportamentos, sensações e movimentos do corpo e alma.  Analisa-se a “Série de Leitura Graduada Pedrinho”, de autoria de Manoel Bergström Lourenço Filho (1897-1970), produzida com a pretensão de “estimular o desejo de ler como compreensão, de forma produtiva, bem como ser a primeira série a cuidar dos problemas das relações humanas no lar, na escola e na vida social”, composta por cinco livros de leitura e uma cartilha.

 
 [1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Artigo apresentado no 16º COLE – Congresso Nacional de Leitura, realizado em Campinas - SP.
Este trabalho é parte integrante da pesquisa: Saberes impressos. Imagens de Civilidade em textos escolares e não-escolares: composição e circulação (décadas de 50 a 70 do século XX)

2 Orientadora, Professora do Departamento de História FAED/UDESC.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.

4 Projeto de pesquisa financiado pelo CNPq/nº478925/2006-9 e coordenado pela Profª Dra. Maria Teresa Santos Cunha (PPGE e PPGH/UDESC/SC).

  

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CONTRIBUIÇÕES DE ERGONOMIA COGNITIVA EM EDUCAÇÃO: ATIVIDADES INSTRUMENTADAS DE PROFESSORES INSERIDOS EM UM DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA¹

 

Martha Kaschny Borges², Maria Conceição Coppete3, Márcia Regiane Fagundes Nunes4, Sérgio Zanata5

 

Palavras-chave: Ergonomia Cognitiva na Educação - Educação a Distância - Formação de Professores - Currículo Oculto - Atividades Instrumentadas

 

Com o avanço das tecnologias de informação e comunicação (TIC) novas competências, atitudes e atividades cognitivas são exigidas dos profissionais em educação. Esta pesquisa teve como objetivo investigar como os professores, re-definem suas atividades profissionais quando atuam em um dispositivo de formação a distância e em que medida as atividades instrumentadas interferem na construção do currículo. A pesquisa foi realizada junto aos professores do Centro de Educação a Distância da UDESC (CEAD), fundamentada no quadro teórico da ergonomia cognitiva em educação (AMALBERTI e HOC, 1999; BORGES,

2001; LEPLAT, 1997, 2000; TRICOT e PLEGAT-SOUTJIS, 2003) e a partir da coleta e da análise, de dois tipos de dados: análise documental e comportamental. A análise documental indicou a inexistência de tarefas prescritas destinadas aos professores. Este fato pode indicar que as atividades docentes seriam idênticas nas modalidades presencial e a distância. Este fato determina a realização de atividades distintas construídas a partir da interpretação pessoal dos docentes. E, ainda a inexistência de tarefas prescritas pode indicar um desconhecimento destas tarefas especificas da modalidade a distância pelos conceptores do Curso. Com relação à observação comportamental realizamos 50 observações de 10 professores escolhidos aleatoriamente. Identificamos os seguintes grupos de tarefas: administrativas; didáticas (planejamento, desenvolvimento, avaliação) e técnicas. Na segunda etapa da pesquisa realizaremos entrevistas semidirigidas, para o cruzamento dos dados coletados, no sentido de identificarmos as tarefas prescritas aos professores (análise documental) as atividades realizadas (análise comportamental) e o processo de transposição ergonômica da atividade (análise das verbalizações).

 

1 Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Docente do Departamento de Pedagogia do Centro de Ciências da Educação FAED/UDESC.

3 Professora do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED/UDESC.

4 Acadêmica do Curso de Pedagogia – Habilitação em Administração Escolar – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC

5 Acadêmico do Curso de Pedagogia - FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC

  

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CONTRIBUIÇÕES DE ERGONOMIA COGNITIVA EM EDUCAÇÃO: ATIVIDADES INSTRUMENTADAS DE PROFESSORES INSERIDOS EM UM DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA¹

 

Martha Kaschny Borges², Maria Conceição Coppete3, Sérgio Zanata 4, Márcia Regiane Fagundes Nunes5

 

Palavras-chave: Ergonomia Cognitiva na Educação - Educação a Distância - Formação de Professores - Currículo Oculto - Atividades Instrumentadas

 

 

Os ambientes virtuais de aprendizagem são cenários cada vez mais presentes na educação ocasionando novas relações entre alunos e professores. O objetivo desta pesquisa é investigar quais são as atividades cognitivas instrumentadas de professores que atuam na modalidade de educação a distância e utilizam as tecnologias da informação e da comunicação como ferramentas de ensino/aprendizagem; pretende também  investigar em que situações as atividades desenvolvidas contribuem para elucidar e re-demensionar o  currículo oculto dos professores. A base teórica centra-se na ergonomia cognitiva em educação. A pesquisa é exploratória e heurística. No primeiro momento do estudo constatou-se que não existe um manual que define as atividades e funções dos professores como existe para os tutores. Com isso,  conjetura-se  que os professores  se baseiam no caderno pedagógico como eixo norteador da sua disciplina, a partir do pressuposto que já possuem conhecimento prévio, formação necessária e capacidade de transmitir os conteúdos na sua área. Indica também que os professores têm mais autonomia e liberdade para escolher a maneira de ensinar seus alunos, uma vez que não existe o manual para direcionar suas ações, diferindo do que ocorre em relação aos tutores já que estes devem seguir as orientações prescritas no manual. Essa diferença no tratamento da mesma questão aponta a existência de currículos ocultos e de relações de poder distintas. Reflete  maneiras de ensinar e de aprender diversas. Na fase atual da pesquisa busca-se observar os professores em atividade com a intenção de identificar em que medida as atividades instrumentadas elucidam e interferem na construção do currículo oculto.

 

1 Projeto de Pesquisa  FAED/UDESC

2 Orientadora, Docente do Departamento de Metodologia do Ensino FAED/UDESC.

3 Professora participante, Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED/UDESC.

4 Acadêmica do Curso de Pedagogia – Habilitação em Administração Escolar – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC

5 Acadêmico do Curso de Pedagogia - FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC

  

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O ASSENTAMENTO RIO DOS PATOS – LEBON RÉGIS (SC): DA LUTA PELA TERRA À LUTA COMO PEQUENO PRODUTOR RURAL1

 

Maurício Aurélio dos Santos2, Kleicer Cardoso Rocha3

 

Palavras-chave: MST – Assentamentos - Lebon Régis - Luta pela Terra - Agricultura familiar

 

Esta pesquisa tem por objetivo descrever a história da luta dos assentados no Assentamento Rio dos Patos – Lebon Régis (SC) iniciando desde o processo de ocupação em acampamento, com suas várias formas de organização e resistência, passando pela conquista da terra e sua posse, até a luta como pequeno produtor rural no cotidiano da agricultura brasileira, pois os incentivos para permanência do homem do campo são irrisórios, o que faz com que muitos desistam da peleja. Com isso, precisamos entender o contexto da estrutura fundiária brasileira e dar ênfase ao modelo fundiário do município de Lebon Régis - SC, no Meio Oeste catarinense, identificando suas relações com o processo de ocupação do Planalto catarinense e com a origem dos assentados. Procurando levantar as razões que levaram às primeiras lutas coletivas, de que forma se deram os agrupamentos primários até as lutas organizadas. Sendo assim, é de suma importância compreender o processo de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST como um movimento social aglutinador dos trabalhadores rurais sem terra; verificar como se deu a conquista pela terra e entender o papel do INCRA neste processo. Por fim, fazer um levantamento do acesso ao crédito agrícola pelos assentados a fim de entender as questões ligadas à permanência no campo, apontando com isso, as dificuldades na obtenção de créditos pelos pequenos agricultores e as potencialidades da sua produção, quando de sua aplicação. Vamos procurar também diagnosticar o acesso aos serviços públicos, em especial os de saúde e educação, e compreender as relações com as comunidades do entorno do assentamento.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientador, Professor do Departamento de Geografia FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de Geografia – FAED / UDESC, bolsista de Iniciação Científica do

PROBIC / UDESC

  

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 O ASSENTAMENTO RIO DOS PATOS – LEBON RÉGIS (SC): DA LUTA PELA TERRA A LUTA

 COMO PEQUENO PRODUTOR RURAL1

 

Mauricio Aurélio dos Santos2 , Michelle Terezinha Souza3

 

Palavras-chave: políticas públicas, trabalho, assentamentos.

 

A presente pesquisa objetivou construir uma história da luta dos assentados no Assentamento Rios dos Patos Município de Lebon Régis localizado no meio oeste catarinense, desde a ocupação em acampamento, passando pela conquista da terra até a luta como pequeno produtor rural. A pesquisa reuniu informações sobre a região de estudo, através de entrevistas com assentados, lideranças e diretores de sindicatos, que foram gravadas em fita cassete e, também em programa de enquetes por questionário. Através das entrevistas obtivemos impressões e informações das mais diversas naturezas, com o intuito de atender aos objetivos previamente estabelecidos. Foram aplicados questionários em todas as famílias assentadas, em formulários próprios, cujo material encontra-se disponível em nosso acervo para consulta local. Parte dos resultados informa sobre o acesso aos serviços públicos, em especial os de saúde e educação, e sobre as relações com as comunidades do entorno do assentamento. Estes resultados apontam enormes dificuldades em relação aos serviços de saúde com defasagem de postos de saúde e hospitais com poucos médicos (as), enfermeiros (as) e medicamentos para atenderem a demanda populacional da localidade. Em relação à educação os resultados são semelhantes apontando deficiências em relação aos serviços públicos de educação, geralmente encontrado nas escolas agrícolas que cada assentamento possui, no caso específico do assentamento Rio dos Patos é a Escola 30 de Outubro, que, assim como outras escolas públicas, possui um espaço físico restrito, com poucas salas de aula e poucos professores, geralmente de 1ª a 4ª série. As demais séries são cursadas na “cidade” quando se conseguem vagas e transporte para chegar até lá. A pesquisa elaborou, também, um perfil dos militantes e de como conhecem e se engajam no movimento dos sem terra. A partir destas informações vários artigos foram enviados para congressos e eventos científicos em nível, estadual, nacional e internacional, como por exemplo: Encontro Nacional de Geógrafos 2006, IV Simpósio de Geografia da UDESC - 2006, Santa Catarina, Encontro Nacional de Geografia Agrária (RJ-2006),  Encontro de Geógrafos da América Latina - 2007 (Bogotá na Colômbia), Apresentação de trabalho no Simpósio de Geografia da UDESC, modalidade oral.  Outra preocupação tratou de compreender a importância e o papel do INCRA neste contexto de disputas de terra bem como avaliar os desafios e as conquistas dos trabalhadores rurais na condição de assentados. Um de nossos objetivos era levantar o acesso ao crédito agrícola, pois através das pesquisas realizadas em campo pode-se apontar as dificuldades na obtenção e as potencialidades na produção, quando de sua aplicação.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED / UDESC

2 Orientador, doutor em história pela USP, líder do Grupo de Pesquisa “Instituições,

Políticas Públicas e Trabalho – IPPT” e docente do Departamento de Geografia do Centro

de Ciências da Educação – FAED / UDESC – mauricioaurelio@gmail.com

3 Acadêmica do Curso de Geografia – FAED / UDESC, bolsista de Iniciação Científica do

PROBIC / UDESC

  

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O ASSENTAMENTO SEGREDO II- LEBON RÉGIS (SC): DA LUTA PELA TERRA À LUTA COMO PEQUENO PRODUTOR1

 

Mauricio Aurélio dos Santos2, Paloma Guimarães da Costa3

 

Palavras-chave: MST – assentamentos - Lebon Régis - conquista da terra -agricultura familiar.

 

A pesquisa aqui relatada tem por objetivo contribuir na construção da história da luta dos assentados no Assentamento Segredo II – Lebon Régis (SC) desde a ocupação em acampamento, passando pela conquista da terra até a luta como pequeno produtor rural.

Procuramos entender o contexto fundiário do município de Lebon Régis, no Meio Oeste catarinense, identificando suas relações com a ocupação do Planalto catarinense e com a origem dos assentados, levantando suas diferenças e semelhanças e como elas produziram a união que gerou as primeiras lutas coletivas. Buscou-se compreender a importância do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST como movimento social que entrelaça a luta dos trabalhadores rurais sem terra com a causa agrária e o contexto social em que estão inseridos; verificando através da aplicação de questionários em campo, como se deu à conquista pela terra e qual o papel do INCRA neste contexto, avaliando os desafios e as conquistas dos trabalhadores rurais na condição de assentados. Procurou-se ainda identificar a produção agrícola do assentamento, levantando o acesso ao crédito agrícola, apontando as dificuldades na obtenção e as potencialidades na produção, quando de sua aplicação. Durante a aplicação dos questionários procuramos diagnosticar também o acesso aos serviços públicos, em especial os de saúde e educação, e compreender as relações com as comunidades do entorno do assentamento e o desenvolvimento ocorrido no município após a instalação dos assentamentos, em especial o Assentamento Segredo II.

A metodologia adotada para a realização do estudo de caso foi de tipo etnográfico. O levantamento de dados se deu através de entrevista e questionários bem como pesquisa documental em arquivos públicos e privados.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientador, doutor em história pela USP, líder do Grupo de Pesquisa “Instituições,

Políticas Públicas e Trabalho – IPPT” e docente do Departamento de Geografia do Centro

de Ciências da Educação – FAED / UDESC – mauricioaurelio@gmail.com

3 Acadêmica do Curso de Geografia – FAED / UDESC, bolsista de Iniciação Científica do

PROBIC / UDESC

  

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GINÁSIO CÔNSUL CARLOS RENAUX: NOTAS SOBRE CULTURA ESCOLAR SECUNDÁRIA LUTERANA EM BRUSQUE/SC1

 

Norberto Dallabrida2, Camila Porto Fasolo3

 

Palavras-chave: Ensino Secundário; Cultura escolar; Redes escolares.

 

A pesquisa que desenvolvemos se propôs a compreender as redes de colégios de ensino secundário em Santa Catarina entre 1945 e 1961. Após o Estado Novo, houve novo crescimento do número de estabelecimentos de ensino secundário no território catarinense. A Igreja Luterana, que havia sofrido com as políticas de nacionalização do ensino, rearticulou-se e criou escolas de nível secundário, como o Ginásio Cônsul Carlos Renaux – GCCR – , em Brusque, em 1947. Nos registros do período que segue a criação do seu curso ginasial tivemos possibilidades de pesquisa interessantes sobre a importância atribuída a este nível de ensino, que vem sendo analisado como elitista, pelo dualismo existente entre ele e os cursos profissionalizantes. O GCCR praticou a co-educação, exceto na sua primeira turma de ginasianos. Mesmo tendo orientação luterana, também recebia alunos católicos. As aulas de religião eram separadas segundo a fé do aluno e nas de educação física e trabalhos manuais meninos e meninas eram divididos. A abertura do curso ginasial noturno em 1956 indica que muitos alunos tinham que trabalhar durante o dia e reitera a idéia de que este era um ginásio para os filhos de operários da “colméia de trabalho” que era Brusque. Para desenvolver a pesquisa, foram consultados documentos arquivados pelo colégio, jornais de época da cidade de Brusque e bibliografia específica sobre cultura escolar, ensino secundário e educação luterana. Foram realizadas entrevistas com ex-professores e dois alunos egressos do ginásio.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante da pesquisa Ensino Secundário em Santa Catarina: redes e culturas escolares (1945-1961), coordenado pelo Prof. Dr. Norberto Dallabrida e financiado pelo CNPq, pela UDESC e pela FAPESC. Sobre a pesquisa, ver www.udesc.br/ensino_secundario.

2 Orientador, Professor Dr., docente do Departamento de Ciências Humanas – FAED/UDESC. Email: norberto@udesc.br

3 Acadêmica da 6ª fase do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC. Email: camilafasolo@hotmail.com

  

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INSTITUTO DIAS VELHO: NOTAS SOBRE A CULTURA ESCOLAR DE UM ESTABELECIMENTO DE ENSINO SECUNDÁRIO MISTO, PÚBLICO E LAICO (1947-1961)1

 

Norberto Dallabrida2, Luana Bergmann Soares3

 

Palavras-chave: Instituto Dias Velho - Ensino secundário público - cultura escolar

 

A presente pesquisa teve como objeto de estudo o primeiro estabelecimento público de ensino secundário catarinense - o Instituto Dias Velho. Dando ênfase a seu caráter público e a elementos de sua cultura escolar, este trabalho procurou desvendar algumas nuances desta história que se perdeu em meio a incêndios, mudanças e extravio de documentação. Por conta da situação de míngua de fontes escritas nos acervos e jornais da época, optamos por trabalhar com os poucos documentos coletados e, principalmente, com depoimentos de alguns ex-professores e ex-alunos do Instituto Dias Velho. Ao que parece, a criação do Instituto resultou de um esforço governamental vindo de Aderbal Ramos, então Governador do Estado. Além de elementos da cultura escolar, outra faceta interessante do Instituto Dias Velho está na questão de seus professores comunistas. Durante a pesquisa, foi possível coletar relatos que afirmavam a instituição como um reduto de professores ligados ao comunismo. Este cenário, por razões óbvias, não se apresentava nos outros colégios confessionais da cidade. Ademais, foi possível constatar a timidez da iniciativa do poder público no que diz respeito ao ensino secundário catarinense. Mesmo sendo o Instituto uma possibilidade de acesso gratuito a este nível de ensino, certamente suas vagas não deram conta da demanda da capital. No interior do Estado, apenas Lages e Blumenau apresentaram vagas públicas no ensino secundário neste período. Somente após a implementação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação de 1961, iniciou-se um processo lento, mas mais amplo de democratização do Ensino Médio.  De qualquer forma, a dualidade estrutural e social que caracterizou o Ensino Secundário continua vigente até os nossos dias, uma vez que este nível de ensino - atualmente, ensino médio - ainda é o único que permite acesso ao ensino superior, mas que permanece não configurando qualquer obrigação estatal.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante do Projeto de Pesquisa “O Ensino Secundário em Santa Catarina: redes e culturas escolares (1945-1961)”, coordenado pelo Professor Dr. Norberto Dallabrida e financiado pelo CNPq.

2 Orientador, Professor do Departamento de Fundamentos da Educação do Centro de Ciências da Educação FAED/UDESC.

3 Acadêmica da 7ª fase do Curso de Pedagogia do Centro de Ciências da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação científica pelo PIBIC/CNPq. (E-mail: luanabergmann@yahoo.com.br)

  

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LUIZES E BENEDITOS – MUDANÇAS NO OLHAR SOBRE AS POPULAÇÕES DE ORIGEM AFRICANA, O CASO DA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (Desterro – 1840 -1860)1

 

Paulino de Jesus Francisco Cardoso2 , Jéssica Camargo Geraldo3

 

Palavras-chave: Desterro – Irmandades - Populações de Origem Africana

 

Neste trabalho pretendemos apresentar alguns apontamentos sobre a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (INSR), na cidade de Desterro, Província de Santa Catarina, no período de 1840 a 1860.  Essa instituição, entendida como um espaço ambíguo – de controle e resistência - é cenário de conflitos, que a nosso ver, reproduzem mudanças no olhar da sociedade sobre africanos e afrodescendentes; principalmente, com a introdução de uma leitura racialista. Através da análise de fontes da transcritas do Acervo da INSR, podemos apreender as tensões e estratégias políticas diferentes grupos, ao que parece comunidades, em flexibilizar essa instituição, a fim de ajustá-la, ou não, a um novo contexto social.  Encontrar pistas que contribuam para desmistificar a suposta homogeneidade das populações de origem africana é também uma das propostas do GP Multiculturalismo do NEAB - UDESC. Esperamos, assim dar visibilidade ao trabalho por nós realizado, bem como, compartilhá-lo com outros interessados na temática.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante do Projeto de Pesquisa: Irmandades e confrarias católicas de africanos e afrodescendentes em Desterro no século XIX.

2 Orientador, Professor do Departamento de História FAED/UDESC.

3 Acadêmica do Curso de História, bolsista de iniciação científica PROBIC/UDESC.

 

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ENTRE O CONSISTÓRIO E A SACRISTIA: REVERBERAÇÕES DA ROMANIZAÇÃO DO CATOLICISMO NA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO DOS HOMENS PRETOS DESTERRO/FLORIANÓPOLIS (1880-1910)1

 

Paulino de Jesus Francisco Cardoso2 , Michelle Maria Stakonski3

 

Palavras-chave: Irmandade - catolicismo - Romanização - germanismo

 

No presente trabalho intenta-se vislumbrar o esforço da Igreja Católica prescrito nas tentativas de remodelação e normatização de manifestações, posturas e práticas devocionais de cunho popular. Tais esforços oriundos do projeto de Romanização aliavam-se perfeitamente ao afã modernizador em que o país passava em meados da Primeira República, no sentido em que elites civis e hierarquia clerical buscavam a reformulação de condutas e sociabilidades. Em Santa Catarina, tal fenômeno de Romanização do catolicismo é caracterizado, principalmente, pela germanização do clero. Neste sentido busca-se discutir alguns aspectos das reverberações de tais estratégias em um espaço micro, a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos de Desterro/Florianópolis, tendo como recorte temporal o período de 1880 a 1910. Procura-se perceber nas tensões do processo de modernização - cuja concretização passava pela necessidade de branqueamento – tentativas de invisibilizar posturas e práticas oriundas de uma sociedade colonial, no caso estudado, as práticas devocionais de um Catolicismo Tradicional.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC. Este trabalho é parte integrante do Projeto de Pesquisa: Irmandades e confrarias católicas de africanos e afrodescendentes em Desterro no século XIX.

2 Orientador, Professor do Departamento de História da FAED - Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

3 Acadêmica do Curso de História – FAED/UDESC, bolsista de iniciação científica do PROBIC/UDESC.

 

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SEGREGAÇÃO URBANA E ESPAÇO PÚBLICO: RELAÇÕES ENTRE MODERNIZAÇÃO E CULTURA POLÍTICA EM FLORIANÓPOLIS (1960-2005) 1

 

Reinaldo Lindolfo Lohn2, Mateus Perez Jorge3

 

Palavras-chave: segregação urbana - cultura política – modernização - espaço público

 

O projeto tem por objetivo construir uma análise histórica das manifestações recentes da cultura urbana em Florianópolis que evidenciam a instauração do que consideramos novas formas de segregação social na cidade, com suas implicações na cultura política, em particular as práticas de ocupação dos espaços públicos. Neste último caso a pesquisa buscará enfocar o espaço do centro histórico da cidade, lugar de manifestações públicas com caráter político já bastante conhecido. Esta problemática diz respeito à implementação contemporânea de modos de vida pautados nos horizontes de expectativa de camadas médias, cujas experiências sociais são marcadas pela obtenção de ascensão social através de símbolos de distinção, geralmente indicados por bens de consumo e por um conjunto de hábitos sociais que conduzem a transformações na noção de vida pública, com a afirmação de “enclaves fortificados” e a privatização da segurança.

 

1 Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientador, Docente do Departamento de História – Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED/UDESC

3 Acadêmico do Curso de História – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC

 

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SEGREGAÇÃO URBANA E ESPAÇO PÚBLICO: RELAÇÕES ENTRE MODERNIZAÇÃO E CULTURA POLÍTICA EM FLORIANÓPOLIS (1960-2005) 1

 

Reinaldo Lindolfo Lohn2, Thiago Leandro de Souza3

 

Palavras-chave: segregação urbana - cultura política – modernização - espaço público

 

Esta etapa do projeto de pesquisa volta-se para uma análise das políticas públicas voltadas para o turismo em Florianópolis entre 1965 e 1978. Partindo de uma análise em jornais da época, é possível perceber a transformação de dois discursos distintos ao longo desses anos. A partir de 1965 tem-se um discurso de valorização do turismo, promovido pelo poder público, pelo então prefeito Vieira da Rosa e com o apoio de setores empresariais do comércio lojista. Por outro lado, em 1978, esse discurso é apropriado pelos investidores da construção civil, chamando a atenção ao descaso do poder público com o potencial turístico da capital catarinense. O turismo foi nesse momento a válvula de escape de uma sempre reafirmada crise do setor imobiliário. Com isso, ocorreu a construção de um conjunto de representações que sustentavam a necessidade de progresso a partir de discursos que preconizavam a construção de Florianópolis enquanto cidade-mercadoria, capaz de vender e valorizar seus espaços.

 

1 Projeto de Pesquisa FAED/UDESC

2 Orientador, Docente do Departamento de História – Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED/UDESC

3 Acadêmico do Curso de História – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC

 

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PEQUENOS TRABALHADORES DO BRASIL: POLÍTICAS SOCIAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO NA ERA VARGAS1

 

Silvia Maria Fávero Arend2, Maro Schweder3

 

Palavras-chave: família - infância e juventude - relações de trabalho - grupos populares urbanos - políticas sociais - Poder Judiciário

 

Essa investigação objetivou verificar como se processou a regulamentação das relações de trabalho infanto-juvenis em nível federal e estadual durante a Era Vargas (1930-1945), bem como traçar um perfil sócio-econômico desse contingente populacional existente no município de Florianópolis no referido período. As fontes documentais escritas analisadas foram as seguintes: o Código de Menores de 1927, a Consolidação das Leis Trabalhistas de 1943, os Livros de Registro de Trabalho para Menores, as Portarias do Juiz de Menores, os autos relativos aos infantes considerados abandonados e delinqüentes emitidos na época e os registros de trabalho da Fábrica Hoepcke. As fontes orais analisadas foram memórias de operárias que ingressaram na Fábrica Hoepcke menores de idade. Uma parcela significativa do mercado de trabalho do município de Florianópolis era constituída pela população infanto-juvenil. As atividades laborais desempenhadas pelos menores do sexo masculino concentravam-se nos setores agrícola-pesqueiro e no comercial, enquanto que as das menores do sexo feminino nos setores industrial (ramo têxtil), no relativo aos serviços domésticos e no artístico. Nesse mercado de trabalho se observou clivagens raciais, uma vez que os menores afro-descendentes de ambos os sexos desempenhavam as funções de menor prestígio social. A regulamentação, por sua vez, atingiu somente os setores industrial e comercial. Infantes menores de 12 anos foram impedidos de trabalhar nas fábricas e estabelecimentos comerciais, foi instituído o salário mínimo do menor e proibida a jornada de trabalho noturna. O quadro dos demais setores permaneceu inalterado por décadas, impedindo que aquelas pessoas pudessem galgar o saber escolar.

 

[1] Projeto de pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de História – Centro de Ciências Humanas e da Educação –FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de História – FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC.

 

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PEQUENOS TRABALHADORES DO BRASIL: POLÍTICAS SOCIAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO NA ERA VARGAS1

 

Silvia Maria Fávero Arend2, Renato Grilo Neves3

 

Palavras-chave: família - infância e juventude - relações de trabalho - grupos populares urbanos - políticas sociais - imprensa.

 

A pesquisa buscou investigar como se processou a regulamentação das relações de trabalho infanto-juvenis durante a Era Vargas (1930-1945) em Florianópolis, assim como conhecer as críticas proferidas pelos diferentes atores sociais a essas medidas engendradas pelos representantes do Estado brasileiro no período. As fontes documentais escritas analisadas foram as seguintes: artigos e anúncios publicitários publicados nos jornais O Estado e A Gazeta, as atas das sessões da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, os relatórios do Juiz de Menores para o Governador do Estado e autos de abandono administrativo de menor. A temática das relações de trabalho infanto-juvenis raras vezes foi abordada de forma explícita no discurso jornalístico.Nessa produção discursiva observou-se a difusão dos valores e práticas da norma familiar burguesa e dos relativos à noção de infância burguesa. Sendo assim, de forma indireta, era proferida uma crítica as atividades laborais exercidas pelos menores que os impediria de galgar o saber escolar. Por outro lado, o discurso parlamentar caracterizou-se pelo elogio as iniciativas dos governantes que visavam à regulamentação do labor industrial.  No âmbito do jurídico a “voz” dissonante foi a do Ministério Público. O Promotor Público, em seus arrazoados, procurava destacar importância do labor infanto-juvenil para a sobrevivência das famílias pobres da cidade.

 

[1] Projeto de pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de História – Centro de Ciências Humanas e da Educação –FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de História - FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica do PROBIC/UDESC.

 

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justiça, êxito e fracasso na escola: o impacto sobre os processos de socialização e de construção das identidades profissionais dos professores catarinenses (1950-2005)1

 

Vera Lucia Gaspar da Silva2, Danielly Samara Besen3

 

Palavras-chave: Formação de professores - Identidade Docente - Estudos sócio-históricos comparados – Justiça - Êxito e Fracasso na Escola - Socialização profissional.

 

O projeto tem como objetivo investigar formas pelas quais processos de socialização e de construção de identidades profissionais dos professores são afetados por representações acerca do êxito e do fracasso na escola, ligadas, por sua vez, à problemática da justiça. A pesquisa, de caráter sócio-histórico-comparativo, é desenvolvida em âmbito nacional, articulando os estados de Santa Catarina, São Paulo e Bahia, por meio das seguintes instituições: Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Universidade do Estado de São Paulo – USP, Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Neste primeiro ano de pesquisa nos ocupamos em investigar formas pelas quais noções de justiça, êxito e fracasso escolar têm estado presentes em dispositivos oficiais do estado de Santa Catarina, assim como nos ocupamos em investigar como estas noções eram (são) entendidas e conceituadas em dicionários do período de 1940 a 2000. A base empírica para nossa investigação tem se constituído as constituições estaduais de Santa Catarina dos anos de 1967, 1970, leis e decretos estaduais promulgados no período de 1966 a 1980, assim como dicionários encontrados no acervo do Museu da Escola Catarinense, na Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina, e nas bibliotecas das universidades Federal e Estadual do mesmo estado. A legislação consultada - constituição, leis e decretos – faz parte do acervo do Centro de Memória da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina; os últimos estão digitalizados e abrigados no site deste órgão. Já as constituições fazem parte do acervo documental do Centro de Memória.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Estudos Especializados em Educação – Centro de Ciências da Educação.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.

 

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041

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justiça, êxito e fracasso na escola: o impacto sobre os processos de socialização e de construção das identidades profissionais dos professores catarinenses (1950-2005)1

 

Vera Lucia Gaspar da Silva2, Marina Resende Pereira Masutti3

 

Palavras-chave: Formação de professores - Identidade Docente - Estudos sócio-históricos comparados – Justiça - Êxito e Fracasso na Escola - Socialização profissional.

 

O projeto tem como objetivo investigar formas pelas quais processos de socialização e de construção de identidades profissionais dos professores são afetados por representações acerca do êxito e do fracasso na escola, ligadas, por sua vez, à problemática da justiça. A pesquisa, de caráter sócio-histórico-comparativo, é desenvolvida em âmbito nacional, articulando os estados de Santa Catarina, São Paulo e Bahia, por meio das seguintes instituições: Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Universidade do Estado de São Paulo – USP, Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Neste primeiro ano de pesquisa nos ocupamos em investigar formas pelas quais noções de justiça, êxito e fracasso escolar têm estado presentes em dispositivos oficiais do estado de Santa Catarina, assim como nos ocupamos em investigar como estas noções eram (são) entendidas e conceituadas em dicionários do período de 1940 a 2000. A base empírica para nossa investigação tem se constituído as constituições estaduais de Santa Catarina dos anos de 1945, 1947, leis e decretos estaduais promulgados no período de 1950 a 1965, assim como dicionários encontrados no acervo do Museu da Escola Catarinense, na Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina, e nas bibliotecas das universidades Federal e Estadual do mesmo estado. A legislação consultada - constituição, leis e decretos – faz parte do acervo do Centro de Memória da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina; os últimos estão digitalizados e abrigados no site deste órgão. Já as constituições fazem parte do acervo documental do Centro de Memória.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Estudos Especializados em Educação – Centro de Ciências da Educação.

3 Acadêmica do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UDESC.

 

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 MAPEAMENTO TEMÁTICO INTERATIVO UTILIZANDO WEBMAPPING1

 

Francisco Henrique de Oliveira2, Daniel Regis Filho3

 

Palavras-chave: Webmapping - Mapas temáticos - Mapserver

 

Através da manipulação de dados via WWW (World Wide Web) e mapas interativos, promoveu-se a disseminação de informações geográficas fundamentadas em pesquisas promovidas pelo Laboratório de Geoprocessamento (GeoLab) – UDESC, criando um ponto de acesso único à informação, onde todos os recursos foram  agrupados e disponibilizados de forma integrada e homogênea, auxiliando o usuário na sua busca de soluções e garantindo maior probabilidade de sucesso em encontrar fundamentação científica à tomada de decisão. O projeto foi desenvolvido no GeoLab utilizando dados processados nos seguintes softwares: ArcGIS - ESRI (licença adquirida pela UDESC), Scite (software livre), e MapServer (software livre), e hardwares da UDESC. As atividades pertinentes à proposta foram elaboradas mediante dedicação diária do bolsista e  orientação do professor responsável, nas dependências do GeoLab. Ressalta-se que obtivemos suporte de outros usuários de MapServer no Brasil, durante todo o tempo de desenvolvimento deste projeto, que ocorreu através da interação constante no grupo de discussão MapServer Brasil na WWW. Deve-se ainda considerar que foi fundamental manter contatos pessoais com outros estudantes e profissionais que desenvolvem projetos webmapping; estes contatos foram estabelecidos mediante a participação em eventos científicos e, portanto, na  publicação do artigo em anais. Assim, houve obrigatoriamente a avaliação por comissão científica que aprovou e ratificou a idéia incentivando a publicação dos resultados e a divulgação na WWW, fortalecendo a proposta de se disponibilizar o produto final: ‘Mapa Interativo da Bacia do Rio Itacorubi’, na grande rede de computadores.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAPESC – Prêmio Mérito Universitário.

2 Orientador, Professor do Departamento de Geografia do Centro de Ciências da Educação FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de Geografia FAED/UDESC, bolsista FAPESC.

 

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PRESENÇA DA LITERATURA HISPANÓFONA EM REVISTAS BRASILEIRAS DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO1

 

Maria de Jesus Nascimento2, Augiza Karla Boso3

 

Palavras-chave: Citação em espanhol – Informação no Mercosul – Revistas eletrônicas brasileiras de Biblioteconomia e Ciência da Informação

 

Objetivando traçar um diagnóstico do atual grau de cooperação científica na área Arquivística, Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação no Mercosul, analisando oito revistas eletrônicas brasileiras, para constatar a presença de artigos e citações em idioma espanhol no período de 2005 e 2006. Mostra a importância da integração cultural e informacional latino-americana. Enfatiza o uso do espanhol como instrumento de coesão e segunda língua de alcance mundial. Conclui que há poucos artigos em idioma espanhol publicados em revistas brasileiras e embora haja muitos autores citando a literatura hispânica, não existe nenhum trabalho com colaboração entre pesquisadores da América Latina.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAED/UDESC.

2 Professora Doutora do Departamento de Biblioteconomia e Documentação – FAED/UDESC

3 Acadêmica do Curso de Biblioteconomia - Habilitação Gestão da Informação FAED.

 

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AS LIÇÕES DOS GRUPOS ESCOLARES: UM ESTUDO SOBRE A INCORPORAÇÃO DO MÉTODO INTUITIVO OU LIÇÕES DE COISAS NA CULTURA ESCOLAR DOS PRIMEIROS GRUPOS ESCOLARES CATARINENSES (1911-1935)1

 

Gladys Mary Teive Auras2, Gabriela Costa3

 

Palavras-chave: Cultura escolar - grupos escolares - Santa Catarina

 

Esta pesquisa tem como objetivo investigar a cultura escolar dos primeiros grupos escolares catarinenses, os quais, sob a égide da Reforma Orestes Guimarães (1911-1935), deveriam constituir-se em modelo de modernidade pedagógica e estar em consonância com o ideário republicano, alicerçado nos princípios do civismo, patriotismo e do higienismo. A nova forma escolar implantada a partir de 1911 em Santa Catarina, prometia inovar no que se refere ao método de ensino, gestão, saberes e práticas escolares. Pelos pressupostos da pedagogia moderna, cujo principal ícone era o método intuitivo ou lições de coisas, pretendia-se instaurar um modelo de escola racionalizada e padronizada, de ensino simultâneo, gratuito e laico, capaz de contribuir para civilizar através da alfabetização, da educação moral e cívica e do acesso aos conhecimentos científicos básicos, assim como integrar o imigrante estrangeiro à nação, enfim, nacionalizar, higienizar, ajustar o povo aos novos valores e aos novos costumes da sociedade capitalista. Trata-se, pois, de uma pesquisa na área da cultura escolar, aqui entendida como o conjunto de normas que estabelecem os saberes a serem ensinados e as condutas a serem inculcadas, bem como um conjunto de práticas que deverão possibilitar a transmissão desses saberes e a incorporação desses comportamentos tendo em vista a produção de identidades e subjetividades específicas e também como o conjunto de idéias, princípios, critérios, normas e práticas sedimentadas ao longo do tempo das instituições educativas, tal como advertem os historiadores Dominique Julia (2001, p. 10) a Antonio Viñao Frago (1995, p. 68-69). O que significa dizer que partimos do pressuposto de que no interior da escola são produzidos modos de pensar e de atuar que proporcionam a todos os sujeitos envolvidos nas práticas escolares estratégicas e pautas para desenvolver tanto nas aulas como fora delas, condutas, modos de vida e de pensar, materialidade física, hábitos e ritos. Por essa razão são privilegiadas, nessa pesquisa, além das fontes documentais referentes aos primeiros grupos escolares catarinenses, tal como leis, decretos, regulamentos, jornais, programas de ensino, livros didáticos, cadernos escolares, manuais escolares, materiais didáticos, etc., os depoimentos de ex-professores/as, ex-diretores/as e ex-alunos/as.

 

[1] Projeto de Pesquisa FAPESC – Prêmio Mérito Universitário.

2 Orientadora, Professora do Departamento de Estudos Especializados em Educação do Centro de Ciências da Educação FAED/UDESC.

3 Acadêmico do Curso de Pedagogia FAED/UDESC, bolsista FAPESC.

 

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