Coleção Aldo Nunes "Brinquedos da minha infância"
Para consulta dos temas dessa página fornecemos os seguintes materiais, listados abaixo:
1. LINK PARA DOWNLOAD DO LIVRO BRINQUEDOS DA MINHA INFÂNCIA
2. LINK PARA DOWNLOAD DA APRESENTACAO COISAS DA ESCOLA DE ANTIGAMENTE
Coleção de brinquedos
A coleção de brinquedos apresentada nessa seção foi doada pelo aluno e professor da extinta Escola Normal Catharinense, Aldo Nunes. Nascido em 1925 na capital catarinense, Aldo Nunes foi o responsável pela criação do Atelier de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis – ATECOR, localizado no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), do qual foi diretor de março de 1969 a março de 1981.
Nessa “escola”, formou sensibilidades e mãos aptas a reparar agressões do tempo e dos homens em objetos da cultura material. De acordo com seu filho Adriano Vieira Nunes, o pai "viveu sua infância e juventude no centro de Florianópolis, onde imperavam as brincadeiras de rua e as crianças mesmas faziam seus brinquedos, como o boi de mamão, carrinho de quatro rodas, bola de mão, pandorga, bilboquê de lata, carrinhos de madeira e de lata e tantos outros."
Os brinquedos e brincadeiras apresentados no MESC são peças que evidentemente se distanciam da massificação e da reprodução industrial e colocam a criança como protagonista das invenções e das técnicas que permitem construir seus próprios brinquedos. Eles circulavam pelas escolas, suas práticas e modos de ação eram disseminados entre os alunos. Tais objetos expressam, portanto, permanências e rupturas sobre a infância e revelam formas de conceber e tratar essa época, não pelos mestres e coordenadores, mas pelas próprias crianças (1).
Para conhecer todas as criações de Aldo Nunes, acesse a página Acervo de brinquedos, localizada no menu Biblioteca e Acervo Virtual no nosso site.
Exposição de brinquedos no MESC
Material escolar
A parte das brincadeiras, há uma seção destinada aos materiais de uso do professor de época. São elementos de aula como o giz, o apagador, os livros de consulta. Um elemento se destaca por sua forma peculiar: uma longa vara de madeira retorcida sobre si mesma, a palmatória. De acordo com Philipe Ariés, "a disciplina escolar teve origem na disciplina eclesiástica ou religiosa; ela era menos um instrumento de coerção do que de aperfeiçoamento moral e espiritual, e foi adotado por sua eficácia, porque era a condição necessária do trabalho em comum, mas também por seu valor intrínseco de edificação e ascese" (2). Em 1854, os castigos físicos foram substituídos pelo uso de castigos morais. No entanto, há relatos de que após um século da proibição do castigo físico, eles continuaram a ser utilizados em algumas escolas brasileiras.
Outra parte significativa do acervo desta sala é constituída por materiais escolares como cadernos, lápis, mata-borrão, giz, quadros miniatura, fotografias antigas do prédio, escrivaninhas, máquinas de escrever, mimeógrafo, entre outros materiais e equipamentos de interesse escolar. Para verificar um pouco deste material disponibilizamos uma apresentação em Power Point illustrativa sobre o tema, com texto de Martha Medeiros.
Mobiliário escolar - Móveis CIMO
Os móveis da fabricante CIMO dominaram durante anos o mercado nacional de móveis para instalações comerciais e institucionais, com repercussão em diversos países da América Latina. No acervo do MESC contamos com diversos exemplares originais em perfeito estado de conservação, além de uma coleção de miniaturas desses e de outros modelos, também originais da fábrica. São peças de grande importância para a história da cultura material escolar no país.
Escrivaninha CIMO, máquinas de escrever e mimeógrafo
Miniaturas móveis CIMO, máquinas de escrever, mimeógrafo e material escolar
Fontes consultadas:
(1) SILVA, Vera Lucia Gaspar da; PETRY, Marília Gabriela. Brinquedos da minha infância: socialização de um acervo. V CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO. UFS/UNIT: Aracaju, SE, de 09 a 12 de novembro de 2008. Artigo.
(2) ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. apud SCHÜEROFF, Dilce. “Não obedeceu, pode punir”: Castigos Escolares no Ensino Primário Catarinense (1910–1940). Florianópolis, 2006. Artigo.